Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

O Globo segunda, 18 de novembro de 2019

INUNDAÇÃO EM VENEZA

 

Inundação faz Veneza reviver traumas de suas piores enchentes nos últimos 50 anos

 

Em 1966, Veneza enfrentou sua pior inundação da história

 

Os moradores de Veneza acordaram com a água na altura dos joelhos na última quarta-feira, após uma enchente que tomou conta da cidade. Quando a maré começou a subir na noite da véspera, caracterizando um fenômeno que os italianos chamam de “acqua alta”, as autoridades locais não previram que seu nível atingiria 1,87m, maior marca desde 1966, e que duas pessoas acabariam mortas na cidade. Com a inundação colocando em perigo até mesmo a histórica Basílica de São Marcos, Patrimônio da Humanidade, o governo da Itália declarou estado de emergência. Nas palavras do prefeito de Veneza, a situação está “apocalíptica”. Tudo isso fez a população local reviver traumas de enchentes anteriores, como a de 1966, quando nível da água chegou perto de 2 metros, e a cidade inteira ficou submersa. 

 
 

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Com sucessivas promessas de conclusão e investimentos já estimados em seis bilhões de euros, a barreira submersa idealizada para conter o aumento da maré ainda não foi finalizada. O ano atual é mais um a entrar na preocupante estatística veneziana. Neste post, o Blog do Acervo resgata algumas das principais enchentes que, assim como esta, marcaram a cidade turística ao longo das últimas décadas.

Centro da vida pública, turística e religiosa da cidade, a praça de São Marcos abriga a basílica homônima. A construção bizantina do ano 828 carrega os restos mortais do santo que dá nome ao local, além de esculturas de mármore e mosaicos que preenchem o teto da catedral com ouro. Segundo Carlos Alberto Tesserin, um dos responsáveis pela conservação dos monumentos contidos no local, os danos causados pelas águas sujas foram estimados em milhões de euros.

 

Veneza sofreu novamente com as águas em 30 de outubro de 1976

 

Tesserin explica ainda que, com a pior inundação dos últimos 50 anos, a estrutura do templo pode estar em risco, já que o sal da água acelera a corrosão dos tijolos e do mármore. A Defesa Civil ainda avalia os prejuízos e, por enquanto, a basílica se encontra fechada para visitantes.

"No ano passado, advertimos que a basílica envelhece 20 anos durante cada maré alta, mas desta vez, envelheceu muito mais", lamentou, para a AFP, visivelmente abatido. 

Mesmo com os rastros de destruição deixados nesta quarta-feira, a enchente de 1966 continua trazendo pesadelos para os venezianos até os dias atuais. Trinta horas de chuva contínuas deixaram Veneza debaixo d’água em quatro de novembro daquele ano. A maré registrada naquela sexta-feira foi a mais alta desde a Segunda Guerra Mundial, alcançando 1,94m, segundo dados do Centro de Marés de Veneza. Canos rompidos, a escuridão provocada pela falta de energia elétrica e dificuldades na locomoção formaram um cenário bem semelhante esse ano. 

Além dessa, outras cidades italianas sofreram com a presença da água. Florença, na época com 450 mil habitantes, tornou-se uma ilha, sem acesso à água potável, energia elétrica ou a quaisquer outros pontos do país. Equipes de resgate de Bolonha e Roma foram acionadas, mas sequer conseguiram achegar até a cidade.

 

Em 8 de dezembro de 1992, o centro da cidade foi invadido por uma maré de 1,42 metro

 

 

Em Grosetto, cidade entre a capital Roma e Florença, os 47 mil habitantes naquele ano viram as águas do Rio Ombrone atingirem o segundo andar das casas.

Apenas dez anos após a pior ‘acqua alta’ da história da cidade, Veneza sofreu novamente com as águas em 30 de outubro de 1976. O encontro de duas frentes, uma quente e outra fria, provocaram naquele sábado violentos temporais.

As 10 horas contínuas de chuvas fortes causaram o desmoronamento de barreiras, o fechamento de cinco ramais ferroviários e, mais uma vez, a inundação da Praça de São Marcos.

O local voltou a ser violentamente atingido no ano de 1992, após cinco anos sem enchentes na cidade. Em 8 de dezembro, o centro da cidade foi invadido por uma maré de 1,42 metro acima do nível normal. A inundação, a mais forte desde 1986, que registrou 1,56 metro, foi causada pelas fortes chuvas e ventos de até 100km/h.

 

Em 2008, turistas aproveitaram a enchente para tirar fotos em Veneza

 

 A água suja de esgoto chegou a cobrir por inteiro as passarelas na Praça de São Marcos, construídas naquele ano pela prefeitura para que os pedestres pudessem trafegar pelo local em casos de emergência e enchentes.

Dezesseis anos após esse incidente, a cidade de Veneza registrou sua pior inundação em 20 anos. Em 1° de outubro de 2008, a marca de 1,56m acima do nível usual assustou os moradores e invadiu o centro histórico mais uma vez.

Por ordem do governo local, as sirenes soaram desde o início da manhã e as pessoas foram aconselhadas a não deixarem suas casas. De acordo com informações do Centro de Marés da Prefeitura de Veneza, moradias foram destruídas e pontes para pedestres foram interditadas.

 

Nível da água passou da altura dos joelhos na última quarta-feira, em Veneza

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