João e Pedro moravam na favela “muvuca” desde criança. João cresceu trabalhando com o pai na “secos e molhados”, que dá de frente para a praça principal. O espaço foi crescendo com a chegada do progresso e, como João vivia trabalhando muito com o pai, pois não poderia deixá-lo só na mercearia, cedeu o espaço a Pedro oferecido pela Prefeitura do Munícipio para vigiar a Praça e vender produtos a granel às pessoas que frequentavam o ambiente, pois queriam consumir. Pedro rejeitou a proposta de João, afirmando que sua ambição era mais alta, que não tinha nascido para ganhar dinheiro a retalhos. Isso era coisa de gente sem visão!
Depois da rejeição de Pedro, João vendo no negócio uma grande oportunidade de crescimento, começou a vender produtos que os fregueses procuravam quando frequentavam o local à noite. Vendia de um tudo! E foi crescendo, progredindo. Enquanto João trabalhava com o pai na mercearia e no seu negócio, Pedro foi crescendo e se envolvendo com más companhias e se debandando para o mundo do crime na “muvuca”: Pequenos roubos, homicídios, latrocínios e tráficos de entorpecentes…
Um dia passou em frente do comércio de João e percebeu que ele estava organizado, com dinheiro! Estava faturando! Pedro se juntou aos comparsas da gangue e planejou assaltar João. Dia e hora marcados chegaram lá quando João estava organizando as mercadorias nas prateleiras, anunciou o assalto, roubou todo o dinheiro do apurado de João do dia anterior e, como João o havia reconhecido, perguntou-lhe por que estava fazendo aquilo e justo com ele. Pedro não teve demora: deu um tiro na testa de João, pegou duas garrafas de bebidas e se mandou com os comparsas para comemorar na comunidade do crime: O beco da “muvuca”. Mas antes de se mandar, também atirou no pai de João, acertando-lhe dois tiros no peito, fugindo em seguida com os comparsas.
Pegos no mesmo dia com os produtos do roubo e o revólver que atirou em João pelo delegado de polícia da jurisdição, foram trancafiados na cadeia. Logo apareceram dois advogados criminalistas de olho na grana de Pedro e seus comparsas que haviam roubado do armazém de João. Foram para a Audiência de Custodia. Depois de interrogados pelo juiz, este resolveu relaxar a prisão preventiva da gangue por intender que eles não ofereciam perigo à comunidade, apesar de terem confessado o crime e serem contumazes em roubos na localidade, além de traficarem drogas!
É doloroso afirmar, mas João e o pai estão mortos. O comércio foi à falência porque não havia quem os substituísse. A família foi à ruína! Os advogados que participaram da Audiência de Custódia ficaram com o dinheiro que Pedro e sua gangue levaram nos latrocínios. O Estado, por meio do Judiciário, tirou o cu foram da responsabilidade. É gente perversa, criminosa, que não faz nada matando gente honesta que produz e gera riqueza à nação, e ficando impune para matar e roubar outros inocentes com a anuência do estado juiz, via Poder Judiciário e leis penais natimortas!
Decididamente Banânia não tem salvação enquanto existir um Poder Judiciário leniente e um Congresso Nacional cheio de ladrões assaltando a Nação!