Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense terça, 06 de novembro de 2018

INGRID GUIMARÃES: A MULHER DO RISO

 


A mulher do riso
 
 
Ingrid Guimarães celebra o humor em série documental. Ao mesmo tempo, está no ar na tevê, em cartaz com Annie e a espera da estreia de De pernas pro ar 3

 

Adriana Izel

Publicação: 06/11/2018 04:00

 ( Bob Wolfenson/Divulgação)  
 
“Como vou envelhecer fazendo comédia?” Esse foi o questionamento que levou a atriz, apresentadora e comediante Ingrid Guimarães, que tem mais de 30 anos de carreira e 46 de idade, ao material que deu origem à série documental Viver do riso, que estreou em 27 de outubro no canal Viva e que presta um tributo a história do humor no Brasil em 10 episódios e com a participação de 90 artistas do cenário. O programa é exibido aos sábados, às 19h15.
 
“Sempre tive a tristeza de ver como o comediante nunca é homenageado como são os atores que fazem drama. Somos vistos como algo menor. Se eu faço rir, só por isso não vão me levar a sério. Fazer o outro rir é uma das atitudes mais nobres da vida”, analisa a artista em entrevista ao Correio.
 
O primeiro trabalho de humor de Ingrid Guimarães foi no programa Chico total, de Chico Anysio. A partir daí ela se enveredou pelo terreno da comédia e atuou em produções como Sai de baixo, Os normais, Escolinha do Professor Raimundo, Zorra total, Sob nova direção, 220 volts e Chapa quente. Para ela, a grande virada no cenário humorístico foi quando, ao lado da amiga e também comediante Heloísa Périssé, lançou o espetáculo Cócegas. “Quando eu fiz Cócegas com a Heloísa e a Mônica Martelli fez a peça dela (Os homens são de marte... E é pra lá que eu vou!), nós mulheres, começamos a contar a nossa história (no humor). Saímos do papel de subjugadas e de estereótipo”, revela a atriz.
 
Até esse momento, no começo dos anos 2000, Ingrid sentia na pele que o papel da mulher no humor era sempre o mesmo: ou de gostosa, ou da feia e burra. Isso a motivou a iniciar o programa Viver do riso com um capítulo dedicado às mulheres. “Eu quis começar com um programa da mulher no humor para contar a nossa história de saída do papel subjugado. É muito importante contar e mostrar o papel da mulher no humor e na sociedade, que não foi criada para ser engraçada, rir de boca aberta. Ser engraçada não era sinal de boa moça, era sinal de moça louca”, lembra.
 
O programa aborda ainda outros aspectos do gênero no Brasil, homenageando Chico Anysio e Jô Soares e destacando temas pertinentes ao humor brasileiro, tudo isso com a ajuda de artistas do cenário como Marcelo Adnet, Miguel Fabella, Fafy Siqueira, Marisa Orth, Gregório Duvivier e Fernanda Young. “Foi muito emocionante, porque as pessoas gostam de ser ouvidas e a comédia nunca é ouvida. Foi muito importante pensar e repensar a comédia e perceber que se estamos aqui é porque veio alguém antes. Foi lindo ver como todos os comediantes homenagearam uns aos outros e se reverenciaram o tempo todo”, defende. “Pra mim já valeu. As pessoas estão se sentindo representadas, tem muita mensagem linda. Foi bonito perceber como o fato de a gente sentar e ouvir uns aos outros é revolucionário”, completa.


Ingrid Guimarães entrevistou mais de 90 fontes ligadas ao humor no Brasil (Ellen Soares/Divulgação)  
Ingrid Guimarães entrevistou mais de 90 fontes ligadas ao humor no Brasil


Outros projetos
 
Além de ter estreado a série documental no Viva, Ingrid Guimarães está no ar desde 11 de outubro no elenco do programa Os melhores anos das nossas vidas. A atração é uma espécie de game show apresentado por Lázaro Ramos, em que cada ator e apresentador representa uma década. São eles: Marcos Veras (1960), Marco Luque (1970), Lúcio Mauro Filho (1980), Ingrid Guimarães (1990) e Rafa Brites (2000).
 
“Acho que foi uma sorte divina. O meu programa (Viver do riso) é mais profundo sobre memória, enquanto Os melhores anos das nossas vidas é um programa leve, de auditório, que lembra muito os programas do passado. Acabei ficando com os anos 1990 e é muito legal, porque é como uma memória que você traz de si, uma coisa afetiva e de lembranças. Nesse momento que estamos vivendo é importante falar de memória”, reforça Ingrid.
 
Teatro
 
Ao mesmo tempo que está em uma dobradinha na televisão, a goiana ainda está em cartaz em São Paulo no teatro com o musical Annie. Na produção, ela lidera o elenco dando vida à vilã Hannigan, a megera diretora do orfanato retratado na história e onde vive Annie. “Annie também tem a ver com memória afetiva. Era um sonho de infância fazer esse filme. Assisti mais de mil vezes. É um grande musical. É muito bonito. É um projeto enorme com orquestra de 17 músicos, 40 pessoas no palco, não perde em nada para espetáculos da Broadway. Tem sido um desafio, pois estou cantando e dançando pela primeira vez no palco”, revela.
 
A versão brasileira de Annie, o musical é inspirada na história homônima, que já ganhou as telonas e os palcos da Broadway, e retrata a vida de uma órfã de 11 anos na década de 1930 em plena crise durante o governo de Franklin Delano Roosevelt. A produção ficará em cartaz na capital paulista até janeiro.
 
Para 2019 é aguardada a estreia nos cinemas do terceiro filme da franquia De pernas pro ar, iniciada por Ingrid Guimarães nas telonas em 2010. “Finalmente lanço De pernas pro ar 3. Estou super na expectativa. Também é um filme que não perde em nada para os gringos. Ele foi todo feito em Paris. É espetacular”, garante Ingrid. Na sequência, Alice Segretto roda o mundo com o sucesso da Sex Delícia e se vê sem tempo para o marido e os filhos. Cansada de tudo isso, ela decide se aposentar e entregar o comando dos negócios para a mãe, porém uma competidora à altura surge e muda todos os planos.
 
A figura da mulher na comédia é um dos temas de Viver do riso (Ellen Soares/Divulgação)  
A figura da mulher na comédia é um dos temas de Viver do riso
 
“Eu quis começar com um programa da mulher no humor para contar nossa história de saída do papel subjugado. É muito importante contar e mostrar o papel da mulher no humor e na sociedade”
 
 
 
“ Sempre tive a tristeza de ver como o comediante nunca é homenageado como são os atores que fazem drama. Somos vistos como algo menor. Se eu faço rir, só por isso não vão me levar a sério. Fazer o outro rir é uma das atitudes mais nobres da vida”
 
 
 
“Finalmente, lanço De pernas pro ar 3. Estou super na expectativa. Também é um filme que não perde em nada para os gringos. Ele foi todo feito em Paris. É espetacular”
 
 
 
“(Annie, o musical) É um projeto enorme com orquestra de 17 músicos, 40 pessoas no palco, não perde em nada para espetáculos da Broadway. Tem sido um desafio, pois estou cantando e dançando pela primeira vez no palco”
 
 
 
1990
Década representada por ela em Os melhores anos das nossas vidas
 
 
 
 
1993
Ano em que estreou na tevê
 
 
 
40
Número de atores  no palco em Annie, o musical
 
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