Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Fernando Antônio Gonçalves - Sem Oxentes nem Mais ou Menos sexta, 14 de julho de 2023

INESQUECÍVEIS LIÇÕES DE VIDA (CRÔNICA DE FERNANDO ANTÔNIO GONÇALVES, COLUNISTA DO ALMANAQUE RAIMUNDO FLORIANO)

 

INESQUECÍVEIS LIÇÕES DE VIDA

Fernando Antônio Gonçalves

Diante dos sectarismos que se agigantam no mundo contemporâneo, fomentando ódios e procedimentos que se imaginavam ultrapassados, uma escritora psicóloga romena, de idade muito avançada e cabeça sempre lúcida, realiza conferências e debates nos quatro cantos do mundo, enaltecendo os ideais democráticos e combatendo o racismo em suas modalidades mais diferenciadas, explícitas e disfarçadas. Ela tinha 19 anos quando os nazistas a levaram, sua família também, da Transilvânia para Auschwitz, obrigando todos a trabalhos forçados até o final do III Reich.

Terminada a Segunda Guerra Mundial, ela resolveu que dedicaria sua vida a responder questões que lhe seriam feitas sobre Holocausto, ensinando os procedimentos tenebrosos que eram praticados nos criminosos campos de concentração.

Sobre a bandeira de nunca serem esquecidas as atrocidades praticadas pelo III Reich, Hitler e seus comparsas assassinos, ela resolveu escrever um livro que favorecessem uma maior divulgação dos crimes cometidos. E escreveu Perguntas que me fazem sobre o Holocausto, Hédi Fried, São Paulo, Martins Fontes, 2020, 190 p.

Na apresentação feita à edição brasileira, a notável professora Maria Luiza Tucci Carneiro explica: “Através da narrativa que conduz este livro, vamos descobrindo como Hédi Fried dialoga com o passado de injustiças acumuladas ao longo de sua trajetória, ora como jovem estudante, ora como prisioneira de Auschwitz, ora como psicóloga e escritora. Devemos, em qualquer espaço e tempo histórico, lembrar as injustiças e tentar impedir que ocorram novamente, sendo essa uma das mensagens deixadas por Auschwitz.”

No prefácio do livro, escrito em 2018, a autora, uma nascida em 1924, narra a metodologia utilizada em seu livro: “Reuni neste as perguntas mais frequentes que me fazem, para ajudar àqueles que queiram saber mais sobre o Holocausto. Minha esperança é que ele seja lido por jovens de hoje e de amanhã, e que os beneficie.”

Algumas das perguntas selecionadas e respondidas no livro: “Por que vocês não reagiram?”; “O que ajudou você a sobreviver?”; “Como era ficar menstruada?”; “Você foi estuprada?”; “Quando você percebeu que estava ocorrendo um genocídio?”; “Você se encontrou com algum carrasco?”; “Qual é sua visão do futuro?”.

Para quem deseja assimilar mais os acontecimentos terríveis da época, recomendo ainda a leitura de dois livros históricos. O primeiro: A assustadora história do Holocausto, Michael R. Marrus, Rio de Janeiro, Ediouro, 2003, 432 p. No prefácio da edição brasileira, o historiador Fábio Koifman assegura: “Num tempo em que a ignorância dos fatos ajuda a banalizar e a relativizar o Holocausto, a publicação de obras como a de Michael Marrus constitui um benefício fundamental para aqueles que pretendem compreender o maior crime do século XX.”

O segundo texto traz um prefácio de Steven Spielberg e um CD com testemunho de alguns sobreviventes: Holocausto: os eventos e seus impactos sobre pessoas reais, Angela Gluck Wood, Barueri SP, Amarilys, 2013, 192 p. No final, um pequeno glossário esclarecerá o que seja campos de concentração e campos de extermínio, genocídio, gueto, kapo, sionismo, solução final e SS.

Não admiro fascismo, nazismo, comunismo e os outros “ismos” que se postam de democratas, favorecendo apenas uma elite que manda e desmanda, cada vez menos distribuindo renda e cada vez mais usufruindo do bom e do melhor. Sou um socialdemocrata espírita transecumênico, que anseia por um mundo mais fraterno, com terra e trabalho para todos, dignidade e independência, com saúde, renda e vacina, sem discriminações, todos sendo filhos amados de um único Criador.

Sonho? Respondo: Jesus também não sonhou? Foi Ele assassinado, mas muito contribuiu para a Esperança de milhões numa regeneração do todo planetário. Que nos ensinou a fazer nossa parte. Cada um ampliando os talentos herdados dos antepassados.


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