Trata-se da origem da frase, da uma velha piada que vale ser contada para a rapaziada nova,
acima dos 18 anos.
Rodrigo de Léon, dono do título
Cidadã inglesa, responsável por ONG cujo projeto era iluminar à eletricidade as casas de um grupo indígena, ao chegar à residência de um índio brasileiro, um desses já bem integrados às modernidades de vida dos brancos, e como lhe havia prometido, mandara instalar energia na vivenda.
Providências tomadas, empresa contratada, serviço executado e família do índio iluminada. Mas, como em tudo há um porém, quando a galega apareceu para ver os resultados, houve o oferecimento de algumas facilidades e índio – que nunca foi bobo – aproveitou.
Ocorre que o velho aborígene, apenas desejava que a lâmpada da sala fosse mais forte do que a do banheiro e a cidadã, para atendê-lo, solicitou uma escada para ela mesma trocá-la.
Inglesa nova, de pele branquíssima, cochas atraentes, mal vestida – pois estava com shortinho daqueles bem provocadores, quase entrando no fiofó – foi subindo degrau por degrau e em dado momento, ao se esforçar levantando as mãos para atingir o bocal, fez certo esforço e inadvertidamente, soltou um sonoro pum. Mas logo pediu mil desculpas pelo escape da inoportuna flatulência.
O velho pagé ficou admirado com a sonoridade do “assovio” emanado do trazeiro da amável dama e logo foi despertado pelo desejo sexual. Posta e acesa a lâmpada, Miss Hernen indagou:
– Índio quer mais alguma coisa?
E em cima da bucha ele respondeu:
– Índio quer apito!…
Aí vem outra história, esta bem real. Em abril de 2005 eu fazia parte de uma equipe de jornalistas que produzia Cadernos Especiais do Interior para o Diário de Pernambuco, e numa dessas missões, participamos, quando Petrolândia fez 100 anos.Uma edição especial.
Numa das folgas pedi a Zezinho, que me levasse a uma aldeia de índios para ver se eu resolveria meu velho desejo de estar diante e um nativo da região. Um índio ou uma índia de verdade.
Falou-me o motorista que eu iria perder meu tempo e sair decepcionado, porque aquela gente não “estava com nada”.
Mas havia certa jogada e tivemos que combinar com um índio que trabalhava n uma venda, um dia antes. Ele tinha influência pois ligado a um vereador local.
E avisados, recebemos sinal verde, para ir como turistas e teríamos que levar “alguma coisa”, umdinheirinho. Fomos visitar os residentes de uma aldeia próxima, cuja autoridade era uma senhora que era a cacica, D. Mirandinha e assim, realmente, logo ao chegar me decepcionei.
Uma senhora simples, gorda, vestida com roupas normais, nos recebeu sentada no batente de sua casa, sem ao menos um cocar que indicasse sua autoridade. Conversamos sobre suas origens e compreendendo que ela só dirigia a conversa para reclamar as dificuldades que sofriam seus parentes, resolvi dar no pé.
Na volta, quando nos distanciamos, Zezinho veio com esta:
– Eu não disse que o senhor não iria ver nada de índio. A véia só é de fritar bolinho!
Mas não foi só ali que me decepcionei. Quando estive no Texas, resolvi ir à forra. Pedi a um amigo para ser levado a ver descendentes de índios Cherokee. Ele riu-se marotamente, como quem diz: “Ô besteira!” Não fui advertido, disse-me ele depois, para não perder a graça.
Foi a mesma decepção. Vila de casas bem construídas pelo Governo, homens gordos, meios embriagados, com garrafas de bebidas por perto. Aquela cena triste de aposentados viciados.
Acima de tudo mal encarados, olhando para nós fazendo o gesto nos dedos, característicos de quem desejava dinheiro. Nem descemos do carro. Placas recomendavam evitar aproximação e fotografias, porque eles não gostam. Só pagando.
Francamente saí vencido porque esperei ver qualquer coisa parecida com os índios Navajos , que como nos filmes de minha infância eu os via montados em cavalos bravos e em guerra por seus territórios.
Foi aí que me veio à mente outra história engraçada.
Um desastre de avião, entre as sobreviventes u’a moça toda rasgada, com parte do corpo aparecendo e ao escapar dos destroços se embrenha na mata.
De repente se vê diante de um índio armado de flecha e com cara fechada. A fim de resistir a um tempo não determinado pelo desastre, levou alguns alimentos, dentre eles um saquinho de pipoca, que colocou em sua mochila.
Diante do imprevisto, soltou um sorriso e procurando minimizar a situação, lhe disse:
– Indiozinho quer pipoca?
– Não me engana, índio não quer pipoca, índio quer por pica!