Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense sexta, 19 de julho de 2019

INCÊNDIO: CRIME ABALA O JAPÃO

 


JAPÃO
 
Polícia investiga incêndio
 
Ao menos 33 morrem depois que um homem invade estúdio de animação em Kyoto e ateia fogo ao edifício. O suspeito foi hospitalizado sob custódia da polícia, que tenta entender os motivos do ataque, um dos mais letais na história recente do país

 

Publicação: 19/07/2019 04:00

Fumaça sai pelas janelas da Kyoto Animation, produtora de desenhos animados e séries: direção do estúdio tinha recebido ameaças por e-mail (Jiji Press/AFP)  

Fumaça sai pelas janelas da Kyoto Animation, produtora de desenhos animados e séries: direção do estúdio tinha recebido ameaças por e-mail

 


Investigadores da polícia japonesa aguardam a oportunidade de interrogar o suspeito de ter provocado ontem um incêndio que matou ao menos 33 pessoas em um estúdio de animação em Kyoto, no oeste do país. Até a noite, vários funcionários continuavam desasparecidos e 35 se recuperavam de ferimentos, 10 deles em estado considerado grave. O suspeito, de 41 anos, também foi hospitalizado, sob vigilância.

De acordo com os relatos, ele teria entrado no estúdio, espalhado “um líquido inflamável” e iniciado o incêndio. A mídia japonesa informou que o homem foi visto momentos antes em um posto de gasolina, enchendo latas com combustível. No momento do suposto ataque, cerca de 70 pessoas se encontravam no edifício. Nenhuma pista inicial indicava qual pode ter sido a motivação do atentado, que, se confirmada a natureza criminosa, faz do episódio o massacre mais letal das últimas décadas no Japão.

O fogo irrompeu às 10h30 (23h30 de quarta-feira, Brasília), em um prédio da empresa Kyoto Animation, que produz séries animadas de grande sucesso na tevê japonesa. Três horas depois, as chamas estavam praticamente controladas, embora uma fumaça branca ainda saísse de algumas janelas, de acordo com imagens transmitidas pela tevê. Os bombeiros continuavam as operações de socorro em busca de funcionários que teriam ficado presos em diferentes andares do edifício.

Uma testemunha ouvida pela emissora de tevê NHK relatou que o incendiário teria anunciado o ataque gritando: “Eles vão morrer”. “Algumas pessoas ouviram detonações no primeiro andar da Kyoto Animation e viram fumaça”, disseram os bombeiros. “Eu ouvi duas fortes explosões”, confirmou à reportagem um sobrevivente. A polícia encontrou facas no local, mas não souber informar se elas pertenciam ao suspeito.

“”Fiquei sem palavras”, escreveu no Twitter o primeiro-ministro Shinzo Abe, que prometeu orar pelas vítimas de incêndio, um dos piores de causas criminosas na história do Japão — caso se confirmem as suspeitas. O CEO da Kyoto Animation, Hideaki Hatta, revelou que a empresa tinha recebido mensagens de e-mail com ameaças. “Não consigo suportar a ideia de que pessoas que representam a indústria de animação do Japão tenham sido feridas ou mortas”, desabafou.

A Kyoto Animation é uma produtora de desenhos animados que vende também produtos derivados das séries. Cerca de 160 pessoas trabalham na empresa, que inclui uma escola de animação. O grupo é proprietário de outro edifícios, além do atingido pelo incêndio.

O incidente provocou reações de tristeza por parte de renomados animadores, entre eles o diretor do longa-metragem de animação Your name. “A todos vocês, na Kyoto Animation, peço que estejam seguros”, escreveu Makoto Shinkai em sua conta no Twitter. “Por que, por que, por quê?”, questionou  Yutaka Yamamoto, que era membro do estúdio e trabalhava na série Lucky Star.

Desquilíbrio
A taxa de criminalidade é relativamente baixa no Japão, em comparação com os índices de outros países. Mas, de tempos em tempos, o país registra episódios nos quais um indivíduo em momento de desequilíbrio mata indiscriminadamente.

Em julho de 2016, um jovem esfaqueou 19 pessoas em um hospital para doentes mentais, a cerca de 50km de Tóquio, o mais grave assassinato em massa desde 1938. Em 2008, um homem de 28 anos, armado com uma faca e atrás do volante de um caminhão, causou pânico no bairro de Akihabara, também na capital, deixando sete mortos e 10 feridos. Ele atropelou vários transeuntes, saiu do veículo e passou a esfaquear as pessoas próximas.

Em junho de 2001, um homem matou oito crianças em uma escola de Osaka.
 
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