IMPRESSÕES DE TEATRO
Arthur Azevedo
Que dramalhão! Um intrigante ousado,
Vendo chegar da Palestina o conde,
Diz-lhe que a pobre da condessa esconde
No seio o fruto de um amor culpado.
Naturalmente o conde fica irado
— “O pai quem é?” pergunta — “Eu!” lhe responde
Um pajem que entra. — “Um duelo!” — “Sim! Quando? Onde?” —
No encontro morre o amante desgraçado.
Folga o intrigante... Porem surge um mano
E vendo morto o irmão, perde a cabeça:
Crava um punhal no peito do tirano.
É preso o mano, mata-se a condessa,
Endoidece o marido... e cai o pano,
Antes que outra catástrofe aconteça.