10 Setembro 2018 | 05h30
O departamento jurídico da igreja Testemunhas de Jeová avalia ingressar hoje na Justiça contra o criminalista Zanone Oliveira Junior por ter declarado que foi contratado para defender o agressor de Jair Bolsonaro por uma pessoa ligada à agremiação. Desde que ele fez a afirmação, a igreja tenta contatá-lo para pedir que diga quem da comunidade paga por seus serviços ou se retrate publicamente. A avaliação é que o advogado envolveu a imagem da igreja no episódio, ajudando a estigmatizá-la ainda mais. “Abominamos o que o agressor fez”, diz a igreja via assessoria.
Aqui não. A igreja chegou a divulgar nota pública para dizer que “Adélio Bispo de Oliveira (o agressor de Bolsonaro) e sua família não são Testemunas de Jeová ou têm vínculos com ela” e que “lamenta” o ocorrido com o candidato.
Aceita que dói menos. O perfil de Zanone no Facebook foi alvo de críticas e ofensas. Ele diz estar acostumado, já que trabalha com casos de homicídio há duas décadas. “Nenhum acusado será julgado sem defensor. Se não for eu, outros virão”, afirma.
Versões. A defesa do agressor de Bolsonaro está compilando polêmicas declarações do candidato sobre mulheres, negros e homossexuais. Vai alegar que o Código Penal prevê atenuar a pena de crime cometido por “motivo de relevante valor social ou moral”.
Deixa que eu faço. Em pé de guerra com Michel Temer, o presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) diz que, se eleito, não vai pedir ajuda ao atual presidente para aprovar reformas constitucionais ainda no atual governo. Temer tem afirmado que pode apoiar o sucessor na desgastante tarefa.
Eu de novo. Depois do veto ao registro do ex-presidente Lula, o PT já lançou quatro tentativas (no TSE e no STF) para viabilizar a candidatura do petista ao Palácio do Planalto. Lula quer que o Supremo dê a palavra final sobre as suas pretensões eleitorais.
Voto contra. Em 2015, o deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidenciável, votou contra a aprovação de um projeto que classifica facas como armas brancas.
Mais embaixo. “Quando começarem a atacar as pessoas com pedras, cacos de vidro, vamos proibir? A discussão não é essa; é a impunidade”, disse na época. O projeto foi sancionado.
Haja Meirelles! Henrique Meirelles (MDB) precisaria hoje de 120 anos no Planalto (30 mandatos) para reaver os R$ 45 milhões que doou do bolso à sua campanha. O salário bruto de presidente é de R$ 30,9 mil.
CLICK. Candidato a deputado, Aécio Neves tem evitado campanha de rua. Em vídeo, responde questões de eleitores, como se prefere feijão em cima ou embaixo do arroz.