Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense sexta, 17 de abril de 2020

IBANEIS PLANEJA REABRIR O COMÉRCIO EM MAIO

 

Ibaneis planeja reabrir o comércio
 
Segundo o governador, as condições atuais apontam para que a liberação de diversas atividades, inclusive de shoppings, ocorra em 3 de maio, data prevista no decreto. Bares, restaurantes e eventos, no entanto, devem seguir impedidos de funcionar

 

» ALEXANDRE DE PAULA
» ANA MARIA CAMPOS
» WALDER GALVÃO

Publicação: 17/04/2020 04:00

Loja de eletrodomésticos reaberta em 9 de abril: flexibilização é vista com ressalvas por infectologistas que defendem o isolamento (Ed Alves/CB/D.A Press)  

Loja de eletrodomésticos reaberta em 9 de abril: flexibilização é vista com ressalvas por infectologistas que defendem o isolamento

 



O governador Ibaneis Rocha (MDB) avalia liberar o funcionamento de todo o comércio do Distrito Federal em 3 de maio. Desde o início de abril, o emedebista iniciou um processo de flexibilização no setor e autorizou algumas atividades a abrir as portas. A data prevista pelo chefe do Palácio do Buriti para a reabertura segue a definição do decreto que ampliou o isolamento na capital federal por causa da pandemia do novo coronavírus. “As condições apontam para o cumprimento do decreto”, adiantou Ibaneis.

De acordo com a análise dele, o pico da contaminação no DF deve ocorrer nos próximos dias. Devemos chegar a 1 mil casos até 30 de abril”, previu. Escolas e outras atividades que possam gerar aglomeração, no entanto, devem continuar fechadas pelo menos até junho, de acordo com a análise oficial. O entendimento do GDF é de que as medidas tomadas com agilidade — o DF foi uma das primeiras unidades da Federação a restringir atividades — se mostraram eficazes e barraram o crescimento descontrolado da Covid-19. Durante o período de maior distanciamento, o governo local investiu na compra de testes e na preparação de mais leitos.

Na terça-feira, o governador liberou o funcionamento de ópticas e, na semana passada, autorizou que lojas de móveis e eletrodomésticos abrissem as portas para os clientes, além de atividades do Sistema S. Antes disso, também puderam voltar a funcionar as agências bancárias.

Preparação

Ontem, o governador e alguns secretários se reuniram com entidades do setor produtivo para debater alternativas que viabilizem o retorno das atividades, inclusive de shoppings. O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF), Francisco Maia, participou da discussão e destacou que a abertura deverá seguir condições que garantam segurança da população e de trabalhadores.

Maia adianta que, na reunião, Ibaneis afirmou que a possibilidade da liberação de restaurantes, bares e eventos em 3 de maio é próxima de zero. “Esses são setores mais impactados pela crise, mas ele nos deixou claro que, pela avaliação de hoje, não é possível, porque o risco é muito grande e não há condições de abertura”, comentou.

Em contato com outras entidades e sindicatos, a Fecomércio elabora um documento para balizar esse novo momento, com a apresentação de normas e orientações em busca de segurança. “Estamos preparando esse estudo com sugestões do que pode ser feito. O empresário precisa estar muito ciente desse novo cenário. Não é só reabrir como era antes, vamos precisar ter controle do número de pessoas, disponibilizar máscaras, álcool em gel”, frisa. “A população também precisará ter consciência e entender a situação. Por isso, defendemos que existam campanhas informativas”, acrescenta.

 

"Estamos preparando esse estudo com sugestões do que pode ser feito. O empresário precisa estar muito ciente desse novo cenário. Não é só reabrir como era antes, vamos precisar ter controle do número de pessoas, disponibilizar máscaras, álcool em gel" - Francisco Maia, presidente da Fecomércio

 


Riscos

O isolamento social é a única maneira de combater a disseminação do novo coronavírus no Distrito Federal, segundo o diretor científico da Sociedade de Infectologia do Distrito Federal, José David Urbaez. Ele explica que as medidas de restrição servem para achatar a curva de crescimento da doença, porém, a população tem dificuldade de compreender isso. “Temos dois fenômenos acontecendo. O primeiro é a ignorância, porque há muitos antidiscursos, e as pessoas acabam desacreditando daqueles que se dedicam ao estudo. Além disso, há a insegurança. O medo está tão intenso, que muitos começam a pensar que nada está acontecendo e levam uma vida normal. Com isso, a gente paga com milhares de vidas”, lamentou.

José David acredita que a capital está longe do pico da doença. “Cada cidade do país teve introdução do vírus de forma diferente, o que altera a curva. Goiás, por exemplo, é aqui do lado, e tem uma situação bem diferente. É um cenário que temos pouca certeza. O isolamento antecipado no DF, antes de ter mortes, teve potência para diminuir a propagação do vírus, para que hoje a capacidade do sistema de saúde ainda esteja preservada”, alertou.

O estudioso defende que o isolamento na capital evita cenários como os de Nova York, nos Estados Unidos, e do Equador, onde o sistema de saúde entrou em colapso. “É importante frisar que as restrições devem ser mantidas. Se você afrouxar, o vírus se propaga. Temos poucas chances de ter medida que tenha efeito a curto prazo. O ideal é insistir, ficar firme e fazer o que está sendo sugerido por meio da ciência”, reforçou. O especialista ressaltou que a maioria dos casos está concentrada em regiões como Plano Piloto e Lago Sul e que a situação deve piorar quando a doença chegar às periferias, onde há maior dificuldade de aplicar o distanciamento.

Na quarta-feira, uma recomendação conjunta dos ministérios públicos Federal, do Trabalho, do DF e de Contas do DF também questionou o afrouxamento do isolamento no DF e pediu esclarecimentos do governo local sobre quais estudos e critérios foram usados para embasar a liberação das atividades.

  • Linha do tempo

     (Ed Alves/CB/D.A Press)  

    14 de março


    » Aulas (foto) e eventos com público superior a 100 pessoas são suspensos por 15 dias

    19 de março

    » A atividade comercial do DF é suspensa. Mercado, farmácias e padarias, considerados serviços essenciais, são liberados para abrir as portas

    27 de março

    » Lotéricas, correspondentes bancárias, lojas de conveniência e minimercados de postos de combustíveis recebem autorização para funcionar

    1º de abril   

    » GDF estende restrições do comércio até 3 de maio, mas libera feiras permanentes que vendem alimentos

    7 de abril

    » O Executivo local permite a abertura de agências bancárias públicas e privadas

    9 de abril

    » Lojas de móveis e eletroeletrônicos da capital também recebem permissão para abrir

    14 de abril


    » Governo autoriza também que ópticas abram as portas para os clientes

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