Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

O Globo segunda, 04 de maio de 2020

HOSPITAL DE BONSUCESSO TEM APENAS 35 LEITOS OCUPADOS DOS 240 DISPONÍVEIS

 

 

Hospital de Bonsucesso tem apenas 35 leitos ocupados, sendo 18 para tratamento do coronavírus

Unidade liberou 240 vagas exclusivas para casos da Covid-19, por ordem do Ministério da Saúde. Apesar da medida, a unidade contribui com baixa oferta para sistema de saúde
 
Leitos vazios no Hospital Federal de Bonsucesso Foto: Agência O Globo
Leitos vazios no Hospital Federal de Bonsucesso Foto: Agência O Globo
 

RIO — Um prédio fantasma. Para funcionários do Hospital Federal de Bonsucesso, foi essa a transformação sofrida por uma das unidades de saúde de maior importância para o estado do Rio, após deixar de oferecer 28 serviços especializados de média e alta complexidade no prédio 1, para atender exclusivamente casos da Covid-19, por ordem do Ministério da Saúde. Apesar da medida, a unidade tem contribuído com baixa oferta para o sistema de saúde. De 240 leitos existentes — como consta da decisão da Justiça Federal pela destituição da direção por omissão no enfrentamento à pandemia —, neste domingo, apenas 18 pacientes estavam internados com coronavírus e outros 17, na emergência.

 

— Foi um erro estratégico acabar com o Hospital Federal de Bonsucesso. É uma desgraça. Agora ele não é nem referência em tratamento para Covid-19 nem o hospital que era. Atendemos 35 pessoas hoje (ontem) — avalia o diretor do corpo clínico do hospital, Julio Noronha.

Pacientes internados na UTI de um hospital no Rio receberam uma 'festa de aniversário' realizada pela equipe médica da unidade. Médicos e enfermeiros celebraram as datas especiais com bolo e chamadas de vídeo com os familiares das pessoas internadas, na tentativa de trazer alguma alegria para as pessoas em recuperação da Covid-19.
 
Pacientes internados na UTI de um hospital no Rio receberam uma 'festa de aniversário' realizada pela equipe médica da unidade. Médicos e enfermeiros celebraram as datas especiais com bolo e chamadas de vídeo com os familiares das pessoas internadas, na tentativa de trazer alguma alegria para as pessoas em recuperação da Covid-19.

De acordo com funcionários, o coronavírus agravou a situação da unidade. Faltam profissionais para o atendimento da doença — um problema considerado antigo, mas que foi ampliado pelos afastamentos das equipes em razão da Covid-19 — e até respiradores.

— Temos 30 leitos de CTI prontos que não podem ser liberados por problema na planta fixa. Vários departamentos são abastecidos por um único ar-condicionado central, e isso não pode ocorrer no caso do tratamento de uma doença contagiosa. Então, foram montados leitos para internação nas enfermarias, com respiradores. Há outros disponíveis. Mas não tem profissionais. Ainda que o hospital tenha médicos, não são dermatologistas ou oftalmologistas que podem atender os casos que recebemos. Por isso, o anúncio do Hospital de Bonsucesso como unidade de referência no combate ao coronavírus pegou todo mundo de surpresa — conta um enfermeiro.

 

Em sua decisão, a juíza Carmen Silvia Lima Arruda, da 15ª Vara Federal do Rio de Janeiro, intimou o Ministério da Saúde a destituir a direção do Hospital Federal de Bonsucesso. Segundo o defensor público Daniel Macedo, o prazo para isso é de 24 horas, contadas a partir de hoje. Em audiência realizada na noite da última quinta-feira, a magistrada acusou a diretoria do hospital de omissão no enfrentamento à pandemia, alegando que não houve apresentação de plano de contingência para a situação e nem a compra de equipamentos de proteção e testes de Covid-19 para equipes do hospital.

Julio Noronha afirma que a maioria dos 5 mil funcionários está sem equipamento de proteção individual. Segundo ele, cinco trabalhadores da unidade já morreram. Há preocupação também com o futuro do hospital. Noronha garante que, por falta de concurso, metade da equipe é de Contrato Temporário da União, com vencimento no dia 31 de maio.

Pacientes que eram atendidos na unidade antes da pandemia também sofrem com falta de atendimento. Procurado para falar sobre a situação do Hospital Federal de Bonsucesso, o Ministério da Saúde não se manifestou.


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