HOJE É UM DIA TRISTE
(Escrito a 18.05.2017)
Victor Alegria
Quando pensávamos que a política e a economia brasileira estavam em relativo repouso, com índices melhorando eis que rebenta mais uma bomba de caráter absolutamente político. Agora, a angústia alcançou todos nós, pois não sabemos o que vai acontecer. Vimos as ações caírem, e isso nos leva a crer que os especuladores vão ganhar rios de dinheiro. Também é estranho que, na hora de sinais alvissareiros para a economia brasileira, e abrandamento das grandes reformas, haja um acontecimento que parece propositalmente organizado.
Grande conspiração? Operações sinistras para levar o Brasil à bancarrota? A blindagem dos governantes anteriores fofuncolo que parece ter sido arrebatado por que alguém da lhe um corte.
É estranho que a nossa língua esteja tão maltratada, como se esse fator de unidade no Brasil precisasse ser destruído. É estranho os livros distribuídos pelo MEC serem publicados por editoras estrangeiras, como um prenúncio de lavagem cerebral das nossas crianças. É estranho que 84% dos livros publicados no Brasil sejam traduções. É estranho a morte de mais de 1.500 pequenas livrarias, por terem fechado. É estranho o assassinato do escritor brasileiro pelo silêncio da mídia, sobre suas obras, e a morte das páginas literárias e dos comentários de livros. É estranho não haver mais incentivo às bibliotecas públicas, e o pior de tudo, não há campanhas de incentivo à leitura, como se um milhão trezentas e cinquenta mil crianças que tiraram zero na prova do Enem de 2014, não prenunciasse um tsunami de ignorância e da Zumbilândia que domina o país.
A ordem dada para não reprovar alunos nas escolas públicas arrasa a dignidade e a autoestima dos professores. O fornecimento de diplomas aos ignorantes apenas reforçou as estatísticas, e hoje constatam-se 160.000 vagas na área de informática que até agora não foram preenchidas.
Quem vai manter negócio, pagando juros de 13,95% do Banco da nossa cidade? A morte contínua de pequenas empresas é evidente. O Banco do Brasil que deveria lutar pelo incentivo à leitura cobra R$9,00 por um boleto de cobrança através da internet, ou seja, num livro de R$20,00 com despesas do correio, o vendedor perde dinheiro. Este é o Banco do nosso Brasil, que empresta dinheiro que ninguém até hoje resolveu identificar a quem.
Não acreditamos que haja interesse em diminuir os juros, que se converteram na maior agiotagem do mundo, legalizada. Nenhum sindicato fez greve contra esses juros abusivos e escandalosos e desempregadores.
Aqui Del-Rei aqui Del-Rei.