Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

O Globo quarta, 25 de março de 2020

HISTÓRIAS DE CURA DO NOVO CORONAVÍRUS NO BRASIL: MAIS DE 100 MIL PESSOAS NO MUNDO SUPERARAM DOENÇA

 

Histórias de cura do novo coronavírus no Brasil: mais de 100 mil pessoas no mundo superaram doença

Administradora de empresas, advogada e publicitário contam como conviveram com a Covid-19, relatam sintomas e protocolos seguidos
 
Quase 100%. Andrea Ferrari conviveu duas semanas com a Covid-19 Foto: Arquivo pessoal
Quase 100%. Andrea Ferrari conviveu duas semanas com a Covid-19 Foto: Arquivo pessoal
 
 

SÃO PAULO e RIO - A contagem de pacientes curados do novo coronavírus no mundo passou de 100 mil na segunda-feira. Segundo levantamento da Johns Hopkins University, o número está agora em cerca de 108 mil pessoas.

Em São Paulo, uma delas, a administradora de empresas Andrea Ferrari, de 53 anos, conviveu nas duas últimas semanas com a doença. Sem nenhum dos problemas de saúde que agravam os efeitos do vírus, ela conta que há anos, por se vacinar, não tinha sequer uma gripe. Mesmo sem ter sido internada, afirma ter sofrido bastante:

Em tese, Andrea pode ser considerada curada a partir desta quarta-feira, quando completa os 14 dias do ciclo da infecção e está há mais de 24 horas sem sintomas. Ela passou o período isolada em seu apartamento no bairro de Pinheiros, em São Paulo.

— Teoricamente, eu poderia ter alta hoje (terça-feira), mas a gente fica com receio tão grande que não sabe nem mais o que pensar.

Ela diz que gostaria de fazer um novo exame para ter a comprovação da cura e de que não transmitiria a doença para outras pessoas, mas suas médicas lhe informaram que só pacientes internados estavam sendo testados.

Andrea sentiu calafrios na noite de 9 para 10 de março e teve 38 graus de febre. Ela sentia também dores fortes na testa e na nuca e, de forma menos intensa, no corpo. Chegou a ir à farmácia para comprar um xarope porque acreditava estar com sinusite. Trocou mensagens com sua médica, mas a hipótese de coronavírus não foi considerada inicialmente. Uma outra médica que a acompanha também foi consultada e tampouco levantou a possibilidade da nova doença.

 

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No dia 11, Andrea foi a um laboratório. Inicialmente, fez o teste para dengue. Também fez exame para detectar influenza. O tempo todo, as médicas não acreditavam que era coronavírus.

Só depois que os resultados deram negativo é que o coronavírus passou a ser considerado. Ela só se submeteu ao exame no dia 14, quando uma equipe do laboratório foi ao seu apartamento para fazer a coleta.

Nesse período, os sintomas continuaram. Desconfiada, ela já havia passado a dormir em quarto separado do marido e passado a usar um banheiro exclusivo. A febre chegou a 39,5. A confirmação do coronavírus só saiu no dia 17.

Ela não teve contato direto com ninguém que veio do exterior. Acredita que pode ter pegado o vírus em um evento de empreendedorismo de que participou dias antes de os sintomas aparecerem.

Quando saiu o resultado, o marido parou de trabalhar e também se isolou em casa. Porém, não conseguiu fazer o exame, já que naquele momento os testes só estavam sendo disponibilizados para os pacientes com sintomas que exigem internação. Ele não apresentou nenhum sinal de infecção.

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Andrea conta que sentia uma indisposição muito grande. Não conseguia sair da cama. A comida tinha pouquíssimo gosto. Desde domingo, ela não tem febre. Mesmo com a melhora, a administradora conta ainda não ter recuperado totalmente a disposição.

Rotina de exercícios

Na mesma semana em que Andrea adoeceu, a tesoureira da Aliança pelo Brasil, Karina Kufa, foi a segunda integrante da comitiva presidencial para a Flórida (EUA) a receber o diagnóstico positivo para o novo coronavírus.

A advogada de 39 anos conta que seus primeiros sintomas foram febre esporádica, dores de cabeça, no corpo e, em menor grau, na garganta, “como se fosse um arranhado”. Depois de alguns dias, Karina começou a perder o olfato e o paladar.

— Não fui ao hospital, até por recomendação médica, porque meus sintomas eram leves. Só fiz o exame (no dia 13 de março) e observei o protocolo. O tratamento foi simples, alguns remédios eu já tinha — afirma. A rotina da quarentena incluiu atividade física leve, leitura e resolução de pendências. — Hoje estou praticamente sem sintoma nenhum. O que restou foi a ausência de olfato e paladar. Estou bem disposta.

Karina deve fazer hoje um exame para comprovar que não está mais com Covid-19. Ela pretende voltar para casa ainda nesta quinta-feira, após cumprir o isolamento em um hotel, longe da família.

 

Sem sintomas há dois dias, Pedro Kuyumjian teve seu primeiro episódio de febre na noite de 12 de março. No dia seguinte, comentou o fato com colegas de trabalho, que, preocupados com o grande fluxo de estrangeiros na sede da empresa — uma gestora de investimentos sediada no Itaim Bibi, bairro da Zona Oeste da capital paulista —, o convenceram a fazer um teste. O publicitário de 42 anos foi no mesmo dia ao Hospital São Luiz, no Morumbi. Lá havia, segundo ele, mais nove pessoas prontas para realizar o exame.

— Fiz o teste para influenza B, porque uma vizinha minha teve, e para o coronavírus. Eles me deram algumas máscaras e disseram: “Está mais com cara de influenza, mas fica em casa até sair o resultado”. No dia seguinte, um sábado, saiu o resultado positivo para a influenza. Pensei: “Então é isso, que bom”. No domingo, saiu o resultado do coronavírus. Positivo também.

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A dupla contaminação também provocou sintomas como tosse seca e fraca, dores no corpo intensas, falta de ar e perda de olfato e paladar. Pedro teve de tomar Tamiflu, remédio indicado para casos graves de H1N1, e um antibiótico.

 

Hoje, 13 dias depois da ida ao hospital, o publicitário ainda não sabe se vai realizar um novo teste para assegurar que está curado. Pedro conta que, após saber de seu caso, a Secretaria de Saúde de Cotia (SP), cidade onde ele mora, foi lhe entregar máscaras presencialmente e reafirmou o protocolo oficial, ou seja, o isolamento de 14 dias.


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