HISTÓRIA DO NOME DA FAMÍLIA ALBUQUERQUE
Raimundo Floriano
Minha prima Terezinha Fonseca Crumb, professora e escritora, neta de minha avó Ana Albuquerque e filha da tia Alice, residente nos Estados Unidos, presenteou-me, em 2024, nos meus 88 anos, com este belo quadro heráldico, em inglês, contendo a história do nome da Família Albuquerque e respectivos brasões:
Traduzi-o, ao pé da letra, e acrescentei pequeno histórico da Família Albuquerque no Brasil, como adiante se lê:
HISTÓRIA DO NOME DA FAMÍLIA ALBUQUERQUE
O nome português da Família Albuquerque, uma das mais antigas e nobres daquele país, é classificado como de origem nativa. Esse termo denota nomes cuja origem perdura no local de residência do original portador do nome.
No caso da Família Albuquerque, o nome é derivado da cidade de Albuquerque, localizada na província espanhola de Badajoz, perto da fronteira portuguesa. De acordo com estudiosos, o nome Albuquerque do local é derivado do latim “Alba-quercus” que, literalmente, significa “carvalho branco”.
Acredita-se que o iniciador da linhagem Albuquerque foi um tal Alfonso Teles de Meneses, Segundo Lorde de Meneses, Medelim, Monte Alegre e também Albuquerque. Ele se casou duas vezes. Sua segunda esposa sendo filha biológica do Rei Sancho I de Portugal. Ele faleceu no ano de 1230 e foi enterrado no Mosteiro de Palazuelas.
Um descendente do supramencionado Alfonso Teles de Meneses, João Afonso de Albuquerque, Quarto Lorde de Albuquerque, foi o primeiro a usar o nome. Ele se casou com uma filha do Rei Sancho IV de Castela e, por causa de discordância com o último, se estabeleceu em Portugal. Em Portugal, ele foi nomeado Conde de Barcelos, pelo Rei Dinis, no ano de 1304.
Dentre os vários portadores notáveis do sobrenome Albuquerque, podemos mencionar os seguintes: Mathias Albuquerque, Vice-Rei da Índia, falecido em 1609, André de Albuquerque, escritor e miliar, falecido em 1659, e o famoso Doutor Sebastião José Guedes Albuquerque, nascido em 1800.
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O primeiro Albuquerque a habitar o Brasil foi uma mulher, Dona Beatriz de Albuquerque, conhecida como Brites de Albuquerque, esposa de Duarte Coelho, Capitão-Donatário da Capitania de Pernambuco, chegados ao país a 9 de março de 1535. Com eles, veio Jerônimo de Albuquerque, irmão de Dona Brites, conhecido como “o Adão Pernambucano”, por ser ancestral de várias famílias, políticos, artistas e figuras proeminentes na História Brasileira, numa prole de mais de 100 filhos biológicos. Em Pernambuco, Jerônimo participou de vários conflitos contra indígenas tabajaras. Num deles, foi ferido, preso e condenado à morte, sendo salvo pela intervenção de Muira Ubi, filha do cacique Uirá Ubi (Arco Verde), com quem se casou, recebendo ela o nome de Maria do Espírito Santo Arcoverde. O casal registrou oito filhos. Um deles, também Jerônimo de Albuquerque, foi um dos fundadores de Natal, no Rio Grande do Norte, administrador da Colônia da Capitania do Maranhão e Grão-Pará e símbolo da expulsão dos franceses, recebendo o nome de Jerônimo de Albuquerque Maranhão.