Contrariando a prática que utilizei nas 153 edições anteriores desta coluna HISTÓRIA DE MINHAS MÚSICAS, hoje publico uma música inédita que será lançada em breve no disco de Leninho de Bodocó, meu parceiro na canção. Em tempos de Lava-Jato (Limpa Fossa não seria mais adequado?), com Políticos, Líderes de Partido, Senadores, Tesoureiros, Empresários, Assessores, Banqueiros, Aspones presos, a música diz bem o que se pensa da classe política no Brasil de hoje. Infelizmente.
O penúltimo verso (DE SACO CHEIO COM TANTO CABRA SAFADO) foi substituído pelo cantor, contra a minha vontade, por DE SACO CHEIO DE TANTO SER ENGANADO.
DE SACO CHEIO
De Xico Bizerra e Leninho de Bodocó
Seu dotô,
Seu lero-lero num deixa barriga cheia
Prometer e num cumprir é coisa feia
Ocê pediu e nos votemo em vosmecê
Depois sumiu
Foi se esconder lá pras bandas do planalto
E eu aflito, te chamei, gritei bem alto
E o que eu queria era apenas lhe dizer:
Que o sol tá quente
E aquela chuva inté hoje num choveu
E o açude que vosmecê prometeu
É lama e pedra, toda a água evaporou
E as panela
Naquele tempo já tava quase vazia
Secou de vez como há tempo num se via
Trabái pra nos, nem notiça, seu dotô
Eu tô sabendo
Daqui uns tempo vosmece vai ta voltando
E o voto desse povo implorando
Que e pra poder ficar mais rico e mais feliz
Vou lhe dizendo
O nosso povo ta sofrendo um bocado
De saco cheio com tanto cabra safado
Que so pensa em roubar nosso país
"