Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

O Globo quinta, 04 de abril de 2019

GRAVIDADE DA CRISE NA VENEZUELA

 

ONU 'não está à altura das circunstâncias' na Venezuela, diz autora de relatório da Human Rights Watch

ONG critica 'diplomacia silenciosa' de Guterres e pede que Nações Unidas liderem esforços dentro e fora do país para lidar com crise humanitária
 
 
Diante dos apagões e da falta de água, pessoas recorrem a poço em Petare, Caracas Foto: FEDERICO PARRA / AFP
Diante dos apagões e da falta de água, pessoas recorrem a poço em Petare, Caracas Foto: FEDERICO PARRA / AFP
 
 
 

Diante de um cenário social cada vez mais dramático, a ONGHuman Rights Watch (HRW) divulgou um amplo relatório sobre a crise humanitária na Venezuelae pediu que o secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, lidere esforços para ajudar a população do país, incluindo ações dentro do território venezuelano. Em entrevista a vários jornalistas da região, Tamara Taraciuk, pesquisadora da HRW e autora principal do documento intitulado "Emergência humanitária na Venezuela: Resposta da ONU em grande escala é necessária para enfrentar a crise de saúde e alimentos", assegurou que o organismo "não está à altura das circunstâncias".

— Guterres deveria declarar oficialmente que a Venezuela está enfrentando uma emergência humanitária complexa, termo próprio da ONU que ajudaria a destravar a mobilização de recursos suficientes para atender as necessidades urgentes do povo venezuelano — disse Tamara.

Segundo a pesquisadora, o secretário-geral das Nações Unidas também precisa pedir às autoridades do país que "concedam ao pessoal da ONU acesso total aos dados oficiais sobre doenças, epidemiologia, segurança alimentar e nutrição, para que possam realizar uma avaliação independente e abrangente das necessidades humanitárias de todo o escopo da crise".

Perguntada sobre a necessidade de que profissionais estrangeiros entrem ao país, Tamara foi enfática:

— Sim, precisamos de uma resposta em grande escala por parte das Nações Unidas.

Para a pesquisadora, "Guterres não deve negociar com (o presidente Nicolás) Maduro para levar medicamentos e alimentos, o que queremos é que aumente a pressão internacional partindo do mais elevado nível de poder da ONU".

— A diplomacia silenciosa de Guterres não foi bem sucedida. Os resultados apresentados mostram uma crise devastadora — frisou Tamara.

A HRW trabalhou com pesquisadores da Faculdade Bloomberg de Saúde Pública da Universidade Johns Hopkins e entrevistou 150 pessoas. O documento é uma dura crítica ao governo de Maduro, considerado o grande reponsável pela crise humanitária que assola o país.

 

— Não importa o quanto tentem, as autoridades venezuelanas não podem esconder a realidade em campo — disse Shannon Doocy, Ph.D. e professora associada de saúde internacional da Faculdade Bloomberg de Saúde Pública da Universidade Johns Hopkins, que conduziu pesquisas na fronteira da Venezuela.

O documento inclui dados que refletem a dimessão da crise na saúde: entre 2008 e 2015, apenas um único caso de sarampo foi registrado (em 2012); desde junho de 2017, mais de 9.300 casos de sarampo foram notificados, com mais de 6.200 confirmados; a Venezuela não teve um único caso de difteria entre 2006 e 2015, mas mais de 2.500 casos suspeitos foram notificados desde julho de 2016, incluindo mais de 1.500 casos confirmados; a Organização Mundial da Saúde (OMS) relata que casos confirmados de malária têm aumentado consistentemente nos últimos anos — de menos de 36.000 em 2009 para mais de 414.000 em 2017; o número de casos notificados de tuberculose aumentou de 6.000 em 2014 para 7.800 em 2016, e relatórios preliminares indicam que houve mais de 13.000 casos em 2017.


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