Não bastou para a Beyoncé bater no domingo o recorde de 32 Grammys, tornando-se a artista mais premiada da história da Academia de Gravação (ela desbancou o maestro Georg Solti, que recebeu 31 gramofones ao longo da carreira).
A cantora americana também foi a grande vencedora desta edição, com quatro gramofones dourados: os de melhor performance de r&b tradicional (por “Plastic off the sofá”), melhor música de r&b (“Cuff it”), melhor gravação de dance music eletrônica (“Break my soul”) e melhor disco de dance music eletrônica (“Renaissance”).
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No entanto, a premiação principal foi para o inglês Harry Styles, que levou o Grammy de álbum do ano por "Harry's house". Ele iniciou a noite ganhando o prêmio de melhor álbum de pop vocal pelo mesmo disco. A brasileira Anitta, que concorria a artista revelação, perdeu o Grammy para a jovem cantora americana de jazz Samara Joy.
“Estou tentando não ser muito emotiva, estou tentando apenas receber esta noite”, disse Beyoncé, bastante emocionada, ao receber seu Grammy de número 32, por melhor álbum dance music eletrônica.
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“Quero agradecer a Deus por me proteger. Obrigada, Deus. Gostaria de agradecer ao meu tio Johnny, que não está aqui, mas está aqui em espírito", continuou ela. "Gostaria de agradecer meus pais: meu pai, minha mãe, por me amarem e me incentivarem. Gostaria de agradecer ao meu lindo marido e as minhas três lindas crianças que estão em casa assistindo. Gostaria de agradecer à comunidade queer por seu amor e por inventar esse gênero”.
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O Brasil marcou presença na premiação preliminar do Grammy com uma estatueta de melhor disco de pop latino para “Pasieros”, álbum do cantor panamenho Rubén Blades com o grupo carioca Boca Livre gravado em 2011 mas só lançado ano passado.
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A cantora carioca Flora Purim, de 80 anos, que concorria ao prêmio de melhor álbum de jazz latino por “If you will” (disco que planejava ser o último de sua carreira) foi derrotada por “Fandango at The Wall In New York”, de Arturo O'Farrill & The Afro Latin Jazz Orchestra com The Congra Patria Son Jarocho Collective.
A noite começou com festa latina caliente comandada pelo astro do reggaeton Bad Bunny, que levou o prêmio de melhor disco de música urbana por "Un verano sin ti" - primeiro trabalho em espanhol a concorrer a álbum do ano.
Sua apresentação foi seguida pela da cantora country Brandi Carlile, que pouco antes vencera dois Grammys preliminares justamente por melhor performance de rock e melhor canção por “Broken horses”.
Os cantores Smokey Robinson e Stevie Wonder em homenagem à Motown no Grammy — Foto: Valerie Macon/AFP
E o palco pegou fogo logo depois com as participações de Stevie Wonder e de Smokey Robinson em uma homenagem à Motown, cantando clássicos como “Tears of a clown” e “Higher ground”, com a guitarra envenenada e os vocais do astro country Chris Stapleton.
No meio da festa, o prêmio Dr Dre de impacto global dado... a ao DJ e produtor Dr Dre foi a senha para o início de um grande espetáculo em homenagem aos 50 anos do rap.
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Participaram nomes históricos como LL Cool J, Salt-N-Pepa, Public Enemy, Rakim, De La Soul, Scarface, Ice-T, Queen Latifah, Method Man, Big Boi, Busta Rhymes, Missy Elliott, Nelly e Too $hort, além de artistas de gerações mais novas como Lil Wayne e Glorilla.
Boas surpresas foram as vitórias dos veteranos Bonnie Raitt (73 anos, que levou o prêmio de música do ano, pela tocante “Just like that”) e Willie Nelson (89 anos, melhor álbum de country por “Live forever”). Ganhadora do Grammy de gravação do ano por “About damn time”, a cantora Lizzo explodiu de felicidade, aproveitando o discurso para dedicar o prêmio a Prince e derramar-se por Beyoncé.