Mote desta colunista:
Pra comer Maria Izabel
Ele largou meu cuscuz.
Já cansei de repetir
Essa história que hoje conto
Não aumento nem um ponto
Isso posso garantir
Se você quiser ouvir
A Deus peço muita luz
E nos versos que compus
Repito o que diz Raquel:
Pra comer Maria Izabel
Ele largou meu cuscuz.
Esse caso aconteceu
Pras bandas do Ceará
Com Raquel que é de lá
E um sujeito conheceu
Do cuscuz dela comeu
E já gritou: Ai Jesus!
Da comida que seduz
Virou um freguês fiel:
Pra comer Maria Izabel
Ele largou meu cuscuz.
Aqui na minha pensão
Ele vinha todo dia
E demonstrando alegria
Fazia sua refeição
E fez a propagação
Do jeito que lhe propus
Botou foto no capuz
Do seu antigo corcel:
Pra comer Maria Izabel
Ele largou meu cuscuz.
O negócio foi crescendo
Eu ganhava, ele ganhava
A freguesia aumentava
E a propaganda comendo
Porém eu fui percebendo
E não apenas supus
Com ele já me indispus
Após provar do seu fel:
Pra comer Maria Izabel
Ele largou meu cuscuz.
Traída covardemente
Eu fui e ele nem negou
Disse que se apaixonou
Por um menu diferente
Arroz com carne presente
Que a cozinheira introduz
A minha raiva eu expus
Diante do seu papel:
Pra comer Maria Izabel
Ele largou meu cuscuz.
Quem comeu na minha mão
Sabe que sei cozinhar
Pois tenho bom paladar
E sou boa de fogão
Agora preste atenção
No peso da minha cruz
Foi pior do que supus
A minha saga cruel:
Pra comer Maria Izabel
Ele largou meu cuscuz.