Morreu na manhã desta quinta-feira (2), aos 73 anos, a jornalista e apresentadora Glória Maria, em decorrência de um câncer no cérebro. Ela estava internada no hospital Copa Star, na zona Sul do Rio. Glória deixa duas filhas, Maria e Laura.
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Em 2019, Gloria Maria foi diagnosticada com um câncer de pulmão. Depois, sofreu metástase para o cérebro e teve de passar por uma cirurgia. A apresentadora vinha fazendo tratamento com radioterapia e imunoterapia.
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A jornalista estava afastada do "Globo Repórter" há mais de três meses, por conta do tratamento. O último programa apresentado por ela foi a edição do dia 5 de agosto de 2022. Ela trabalhava no "Globo Repórter" há 12 anos.
Precursora
Nascida em Vila Isabel, zona Norte do Rio, filha do alfaiate Cosme Braga da Silva e da dona de casa Edna Alves Matta, Glória Maria Matta da Silva se formou em jornalismo na Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio) e entrou na TV Globo como rádio-escuta na editoria Rio da emissora. Mais tarde, foi efetivada como repórter. Sua primeira entrada ao vivo foi em 1971, na cobertura do desabamento do Elevado Paulo de Frontin, no Rio de Janeiro. Ela também foi a primeira repórter a entrar ao vivo na primeira matéria a cores do "Jornal Nacional", em 1977.
Relembre momentos de Glória Maria
Entrevistas icônicas e lugares exóticos
Mais tarde, ela virou âncora de programas como "RJTV", "Jornal Hoje", "Bom dia Rio" e "Fantástico". Este último, aliás, ela apresentou por um longo período, de 1998 a 2007, embora já fizesse parte da equipe desde 1986. No "Fantástico", Glória Maria entrevistou diversas personalidades como Michael Jackson, Harrison Ford, Nicole Kidman, Leonardo Di Caprio e Madonna.
Também ficou conhecida por matérias especiais em lugares exóticos, tendo visitado mais de 100 países, e participou de coberturas históricas como a guerra das Malvinas (1982), a invasão da embaixada brasileira do Peru por um grupo terrorista (1996), os Jogos Olímpicos de Atlanta (1996) e a Copa do Mundo na França (1998), entre outras.
Em 2007, ao lado do repórter cinematográfico Lúcio Rodrigues, ela bateu outra marca, realizando a primeira transmissão em HD da televisão brasileira. Foi uma reportagem para o "Fantástico" sobre a Festa do Pequi, fruta de cor amarela reverenciada pelos índios Kamaiurás, no Alto Xingu.