Lançada no fim de fevereiro por aqui e nos EUA, “Ginny e Georgia” escalou rapidamente o ranking das séries mais vistas da Netflix no mundo. Segundo o Flixpatrol.com, no último dia 11, ela estava no topo dessa lista, seguida por “New Amsterdam”. A comédia é estrelada por Brianne Howey e Antonia Gentry. Elas interpretam, respectivamente, uma mãe precoce, Georgia, e sua filha de 15 anos, Ginny. Formam uma daquelas duplas bem azeitadas e adoráveis.
O roteiro, espertamente, abole a figura da autoridade materna antipática. Georgia é jovem, linda e sedutora. Ginny, ótima aluna e responsável. Os papéis sociais e em família são elásticos. Com frequência, é a garota que cuida da mãe. Assim, a trama, embora trate do universo de estudantes do ensino médio e de questões relativas à adolescência, também dialoga com os adultos.
No primeiro episódio (são dez), elas chegam a uma nova cidade junto com o caçula, Austin (Diesel La Torraca), de 5 anos. Ginny ingressa na escola, faz amigos, sai com um menino, se apaixona por outro e passa pelos conflitos naturais da idade. Georgia consegue um emprego na prefeitura, se liga a uma vizinha muito agradável e também cria laços. No início, Austin sofre bullying, mas também acaba se adaptando. Contudo, nada é estável com eles. A família vive se mudando. Na verdade, é uma fuga permanente. Logo entendemos que o passado nebuloso de Georgia é a razão para isso. Há uma trama de mistério puxando a história.
Não vale esperar muito de “Ginny e Georgia”. É apenas diversão despretensiosa.