Morreu, nesta segunda-feira (16), aos 95 anos, a atriz italiana Gina Lollobrigida, musa do neorrealismo e símbolo sexual em filmes lançados na década de 1950. A informação foi confirmada pelo advogado da artista. Segundo jornal "Corriere della sera", Gina estava internada num hospital em Roma.
Gina alcançou a fama nos anos 1950, ao representar o renascimento italiano após a Segunda Guerra Mundial. A atriz foi dirigida por nomes como Vittorio De Sica, Mario Monicelli e Pietro Germi e esteve em filmes como "O diabo riu por último" (1953), em que contracena com Humphrey Bogart, "O corcunda de Notre Dame" (1956), "Quando setembro vier" (1961), "Mar louco" (1963) e "Noites de amor, dias de confusão" (1968). Gina entrou para a calçada da fama, em Hollywood, em 2018.
Ao longo da carreira, sua imagem esteve associada à sensualidade, algo que lhe rendeu o apelido "maggiorata", termo para se referir às belas e voluptuosas atrizes italianas das décadas de 1950 e 1960. Em "Quando explodem as paixões" (1959), atuou ao lado de Frank Sinatra.
Gina Lollobrigida, à esquerda, e Marylin Monroe conversam na entrada de um teatro de Nova York, em 1954 — Foto: AFP
Ao se afastar do cinema, tornou-se fotógrafa e escultora. Recentemente, a artista também tentou ingressar na arena da política. Em 1999, ela se candidatou pela primeira vez a uma vaga no Parlamento italiano. Em 2022, poucas semanas após completar 95 anos, candidatou-se ao Senado.
Gina Lollobrigida era uma poucas divas remanescentes da era de ouro de Hollywood. De acordo com o jornal "Corriere della serra", a artista estava internada desde setembro do ano passado, devido a uma fratura exposta no fêmur direito.