— A água está limpa, a temperatura, uma delícia, mas está puxando um pouco.
Quem comemorou as ondas foram os surfistas.
— Os ventos viraram para sudeste e aqui fica bom assim. Então a galera está se divertindo. Tem sol, onda boa, e dá para ficar o tempo todo na água sem sentir frio — explicou o instrutor de surfe Magno Neves.
Segundo o Climatempo, um sistema de baixa pressão atmosférica se afastou e, no lugar dele, entrou um sistema de alta pressão, diminuindo a incidência de chuvas. O tempo estável deve continuar nos próximos dias na cidade. Segundo o Alerta Rio, a temperatura máxima registrada ontem foi de 31,7 graus, em Santa Cruz. A mínima foi de 17,4 graus, no Alto da Boa Vista.
Com as areias lotadas, os vendedores correram atrás do prejuízo acumulado nas últimas semanas.
— Venho à praia até em dias nublados, mas às vezes não vendo nem um quilo de açaí. Em dia de sol, vendo dez quilos, mesmo diante de tanta concorrência — contabilizou Rosa Conceição, vendedora de açaí.
Uma operação do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) retirou 60 toneladas de gigogas das lagoas da Barra da Tijuca e de Jacarepaguá neste fim de semana. A ação tem por objetivo impedir que as plantas aquáticas, que indicam o nível de poluição da água e têm função de limpar o ambiente, alcancem o Quebra-Mar e, consequentemente, cheguem em blocos às praias da Barra e da Zona Sul da cidade.
Na última quinta-feira, o serviço de balsas no Canal Marapendi chegou a ficar suspenso porque as plantas cobriram todo o espelho d’água, o que impediu a circulação das embarcações.
A proliferação das gigogas aumenta ainda mais em épocas de chuva e calor. Segundo o Inea, o problema é causado pela grande quantidade de esgoto sem tratamento que é despejado em todo o sistema lagunar. Nos últimos dias, o movimento das marés tem contribuído para a permanência das gigogas na região que ultrapassou a ecobarreira mas não invadiu o mar. No carnaval, no entanto, a grande quantidade de planta deixou as areias da praia bem sujas.