Primeira atração internacional do Rio Gastronomia, o chef peruano Javier Ampuero fez o público viajar pelo país andino no Auditório Senac, na noite desta sexta-feira, no primeiro dia de Rio Gastronomia. Sucesso na TV e professor do Le Cordon Bleu Lima, o cozinheiro ensinou três receitas: um ceviche amazônico de pescado com banana servido sobre uma casca de cacau, polvo com azeitonas e galinha com pimentão.
- O Peru tem cinco mil anos de gastronomia. São influências dos negros, árabes, chineses, japoneses, espanhóis, além dos monges dos conventos. Temos muitos ingredientes e história, por isso nossos sabores são tão marcantes - destacou Javier, que estagiou com Alex Atala no D.O.M. em 2014.
Para fazer o ceviche perfeito, o chef garantiu que não é preciso muito esforço.
- O segredo para um bom ceviche é o pescado fresco, uma boa cebola roxa, um limão muito ácido, um picante e sal. São 5 elementos. Para controlar a acidez, é necessário colocar mais sal e cubos de gelo - explicou.
Realizado pelo GLOBO com apresentação do Sesc RJ e do Senac RJ, o evento tem patrocínio master de Santander e patrocínio de Stella Artois, Pão de Açúcar, Coca-Cola e Vivo. O Rio Gastronomia tem ainda o apoio de Azeite Andorinha, Naturgy, Gosto da Amazônia, Unimed-Rio, Amázzoni Gin, Magnésia de Phillips Tabs e Água Pouso Alto, Orfeu Cafés Especiais como Café Oficial e parceria com Sindicato de Bares e Restaurantes (SindRio).
Quatro perguntas para Javier Ampuero:
Como foi sua experiência estagiando com Alex Atala, no D.O.M?
Tive ainda a sorte de encontrar com Mara Salles, do restaurante Tordesilhas. Estive com ela conversando muito sobre a comida caseira, guisados, farofas, banana à milanesa, arroz com brócolis. Trabalhar em São Paulo foi uma experiência incrível.
Quando vem ao Brasil o que gosta de fazer?
Adoro a carne brasileira e gosto de comer em churrascarias. Também adoro a comida caseira, do dia a dia.
O que falta ao Brasil para atingir projeção internacional na gastronomia?
O Brasil já tem projeção, muitos sabem o que é a feijoada, a cachaça. Mas o Peru tem 5 mil anos de gastronomia. São influências de diversas culturas e ainda a colonização espanhola, que ajudou a difundir a nossa cultura pelo mundo. Pelo Brasil ser amazônico, acredito que o interesse pela comida autentica brasileira está crescendo.
Como define a sua cozinha?
Uma cozinha simples, equilibrada, de muita paciência. Faço comida que precisa cozinhar por muito tempo, uma cozinha histórica. Por isso, estou dedicado 100% em ensinar no Cordon Bleu.