A vitória por 3 a 2 sobre o Fluminense, em partida eletrizante, deixou Milton Mendes em êxtase. O técnico, que começara mal o Brasileiro com o Vasco, agora vê o time chegar ao G-4, ainda que provisoriamente, e a reconquista da torcida. Após o jogo, ele não escondeu o alívio.
- Essa vitória nos dá um alento muito grande. Não só pelos pontos. Mas pela exibição, pelos jogadores, que entraram e conseguiram fazer algo diferente - comemorou o técnico. - Estamos felizes por tudo. Quando se trabalha intensamente, o homem lá de cima olha e diz: 'Vou botar a mão ali". Foi uma grande e enorme vitória. Nos dá tranquilidade. E foi contra uma equipe muito boa
Ainda que não goste de individualizar a atuação dos jogadores, ele acabou se rendendo a Nenê. O meia saiu do banco para marcar o gol da vitória, aos 48 minutos do segundo tempo, e saiu de campo exaltado pela torcida.
- O Muriqui entrou muitíssimo bem, o Nenê também entrou bem... Ele é iluminado. A bola sobrou e ele fez o gol.
Apesar dos elogios, o técnico não quis adiantar se o gol da vitória pode recolocar o meia no time titular. Ele deixou bem claro que suas opções são baseadas no rendimento, e não no nome do jogador.
- O Nenê é um jogador como os outros. Eu, como treinador, não individualizo. O técnico não olha para o rosto. Mas para o corpo e o rendimento. Não é porque tem mais ou menos nome que vai jogar. O que importa, para mim, é o rendimento. E o Nenê, como os outros que estão fora, estão à espera de uma oportunidade neste momento.
Comemorações à parte, o técnico passou por um susto antes de a bola rolar. O ônibus que levaria o time ao estádio enguiçou, e os jogadores tiveram que concluir o percurso de táxi. Viraram motivo de chacota nas redes sociais. Mas, com a vitória garantida, o técnico pareceu não estar nem um pouco incomodado. E até riu da situação.
- Quando se ganha da forma como ganhamos fica marcado. O que ocorreu antes foi engraçado. Quer dizer, agora é engraçado. Mas naquele momento me passaram tantas coisas na cabeça... Mas são coisas que acontecem. O ser humano erra, as máquinas avariam, não temos que botar culpa em ninguém. Tanto que entramos muito bem em campo.