Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Estadão segunda, 25 de abril de 2022

FUTEBOL: NEYMAR NÃO SE LIVRA DA REJEIÇÃO NO PARIS SAINT-GERMAIN

Neymar não se livra da rejeição no Paris Saint-Germain

Nem no dia do título francês, brasileiro escapa das vaias e da indiferença dos torcedores do clube

Robson Morelli, O Estado de S.Paulo

25 de abril de 2022 | 05h00

Neymar acaba de ser campeão francês e, assim, aumentar sua coleção de títulos, 27 desde que surgiu como um meteoro na Vila Belmiro, encantando e fazendo do Santos um time que todos queriam ver. Mas o melhor jogador que o Brasil tem e maior esperança de Tite na Copa do Catar saiu de campo vaiado por parte da torcida que permaneceu no estádio no empate por 1 a 1 com o Lens, porque a outra parte virou as costas ao Paris Saint-Germain e foi embora antes da festa.

Não era para ser assim. Outros jogadores outrora reverenciados foram condenados da mesma forma pelos seguidores do Paris. Refiro-me a Messi e o próprio francês Mbappé.

 

Neymar não se livra da rejeição no Paris Saint-Germain
Neymar não se livra da rejeição no Paris Saint-Germain Foto: Christian Hartmann / Reuters
 

Mas vou aqui me ater apenas ao jogador brasileiro. Aos 30 anos, o atacante já deveria ter conquistado os torcedores do mundo todo com seu talento e jogadas extraordinárias. Não há como negar que qualquer equipe fica mais forte com sua presença. Sua genialidade não tem limites, tampouco a facilidade com que marca gols ou os dá para que seus companheiros brilhem. Mesmo assim, Neymar enfrenta uma resistência que poucos atletas da sua geração vivenciaram na carreira. Ele não é querido no seu próprio time, com quem tem contrato por mais três anos.

Mesmo com a presença de Messi ao seu lado e o crescimento assustador de Mbappé, o PSG ainda é Neymar. Qualquer time no mundo gostaria de ter o brasileiro em suas fileiras. Neymar ganha partidas e campeonatos. Mas os franceses não o querem mais, como já foi pedido em campo e agora com essas vaias no dia do título, o que o fez se manifestar publicamente: “é surreal que parte dos torcedores (do PSG) tenha deixado o gramado”.

Na série Caos Perfeito, da Netflix, Neymar toca no tema do amor e ódio que o persegue, que o faz ser herói e vilão diante das pessoas. Fala em ser Batman e Coringa ao mesmo tempo, mas que nunca foi uma coisa nem outra na vida. O fato é que seu lado Coringa prevalece em Paris, e cada vez mais esse sentimento de rejeição petrifica seu coração, tira o sorriso de seu rosto e fere sua alma. 

Uma das conclusões que poderiam explicar isso está em seu jeito de “eu posso tudo” que ele transmite, mesmo que, talvez, involuntariamente. Há uma arrogância natural e dos que o cercam e tudo de “errado” que já aconteceu em sua vida. Astros como Neymar são julgados o tempo todo. E não há o que fazer para frear isso.

Edu Gaspar, ex-coordenador da seleção brasileira, foi duramente criticado quando disse, durante a Copa da Rússia, que era duro ser Neymar. Não se ouviu voz capaz de defender o jogador naquela época, sua segunda Copa fracassada.

Nada que Neymar faça parece “limpar” sua barra diante dos torcedores – nem na França nem no Brasil. O buraco é fundo. Precisa encontrar uma saída e parece que ela não está dentro de campo, no futebol.

 


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