Messi experimentará idolatria na Argentina em primeiro jogo da seleção desde o tri da Copa do Catar
Foto: Franck Fife/AFP
Por Redação
23/03/2023 | 05h00Atualização: 23/03/2023 | 07h44
Seleção enfrenta o Panamá nesta quinta-feira, no Monumental de Núñez; camisa 10 foi ‘perseguido’ durante a semana por fãs nas ruas de Buenos Aires
Campeã do mundo, a seleção argentina reencontra o seu torcedor pela primeira vez desde a final do Mundial contra a França no Catar. Nesta nesta quinta-feira, o time faz em amistoso com o Panamá. A partida, por si só, é menos relevante do seu significado para o torcedor: é o reencontro de Messi, idolatrado no país, com sua gente dentro de campo. O craque retorna a Buenos Aires como nunca antes em sua carreira, agora com o troféu da Copa do Mundo nas mãos - o primeiro desde 1986, ainda sob o comando de Maradona.
Em um estádio Monumental de Nuñez reformado, com capacidade para mais de 80 mil pessoas, o camisa 10 e capitão da seleção terá mais uma demonstração da idolatria do povo argentino com sua figura. Além das festividades previstas, com volta olímpica, show de luzes e queima de fogos, o retorno dos campeões marca a consagração de uma geração que deu o único título que faltava na galeria de Messi. O troféu mundial será mostrado.
Desde o título, cenas da celebração nas ruas do país tomaram o mundo. Na mesma semana, a delegação argentina foi escoltada por milhões de pessoas pela capital até a Praça de Maio. Eles também foram recebidos na Casa Rosada, sede do governo, mas não chegaram a jogar, de fato, diante da sua torcida. Contra o Panamá, será a primeira vez.
Seleção argentina jogará pela primeira vez em frente à sua torcida desde a Copa do Mundo. Foto: Juan Mabromata/AFP
Concentrados desde a segunda-feira, os jogadores já receberam o carinho do povo argentino em Buenos Aires. Em uma ida a uma churrascaria na cidade nesta semana, Messi levou milhares às ruas, que tinham apenas um objetivo: ver de perto o herói do tricampeonato mundial e eleito melhor jogador da Fifa pela sétima vez.
Questionado por uma suposta falta de identificação com a seleção nacional, já que acumulava títulos e grandes atuações pelo Barcelona, seu ex-clube, mas não repetia os feitos com a camisa da Argentina, Messi conseguiu mudar a sua história a partir de 2021. Com a conquista da Copa América, no Brasil, conseguiu o primeiro título da seleção desde 1993. No ano seguinte, foi o melhor jogador no Catar, com sete gols e quatro assistências em sete jogos.
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Diferentemente dos últimos anos, a versão de Messi pela seleção argentina é melhor quando comparada àquela pelo Paris Saint-Germain. Eliminado nas oitavas de final da Liga dos Campeões, o camisa 10 - ou 30, já que Neymar detém o número na França - foi vaiado por torcedores no Parque dos Príncipes na última semana. Seu contrato com o PSG termina em junho e ainda não há definições quanto à sua permanência.
“O caso de Messi é lindo, ele merece todo esse carinho. Todos os jogadores do elenco merecem isso ao saírem na rua. A alegria (pela conquista Mundial) ainda continua”, disse o técnico Scaloni, na primeira entrevista coletiva nesta semana. Nos três meses que sucederam o título, o treinador, além de ser eleito o melhor do mundo na premiação The Best da Fifa, afirmou que contaria com Messi caso o atacante queira seguir na seleção para 2026.
Messi foi cercado por argentinos durante sua ida à uma churrascaria da Argentina. Foto: Instagram @adriiperedo/via REUTERS
“Ele está bem, está aqui (na seleção) para continuar voltando. Quando me disser que não se sente bem, veremos. Agora, ele está feliz por estar na seleção”, ressaltou o treinador. O jogo contra o Panamá será o primeiro da Argentina com a terceira estrela acima de seu escudo - que simboliza o tricampeonato mundial. Além disso, até o Mundial de 2026, estampará ao centro de seu uniforme um emblema da Fifa que homenageia a atual campeã mundial. A Argentina trouxe a Copa de volta para a América do Sul, uma vez que desde 2006 só seleções europeias ganharam o torneio.
Contra o Panamá nesta quinta-feira, a partir da 21h (horário de Brasília), a expectativa é que o Monumental de Núñez receba mais de 83 mil torcedores. Será montado um cenário no gramado para simbolizar a cerimônia de entrega da taça - desta vez na Argentina. Na segunda, acontecerá uma segunda comemoração, em amistoso contra Curaçao.