Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense sábado, 12 de junho de 2021

FUTEBOL FEMININO: ELAS QUEREM RESPEITO

FUTEBOL FEMININO

 

Elas querem respeito
 
Antes de vencer a Rússia de forma convincente, por 3 x 0, em amistoso preparatório para as Olimpíadas, Seleção feminina publica posicionamento contundente nas redes sociais contra o assédio

 

MAÍRA NUNES

Publicação: 12/06/2021 04:00

 

Texto do time repudiou violência contra a mulher: %u201Cvítimas de abusos que vão contra os nossos princípios de igualdade e construção de um mundo justo%u201D (Richard Callis/SPP/CBF)  
Texto do time repudiou violência contra a mulher: %u201Cvítimas de abusos que vão contra os nossos princípios de igualdade e construção de um mundo justo%u201D

 

Uma semana após ter vindo à tona a denúncia de uma funcionária da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) contra o presidente da entidade, Rogério Caboclo, por assédio sexual e moral — a investigação culminou no afastamento do cartola do cargo —, a Seleção feminina manifestou-se contra o assédio, de forma clara e firme. Ontem, o time venceu a Rússia, por 3 x 0, no penúltimo amistoso antes dos Jogos Olímpicos de Tóquio, com início marcado para julho. Mas a vitória mais marcante foi antes mesmo de a bola rolar, quando jogadoras e comissão técnica, todos juntos, entraram no gramado com uma faixa com os dizeres “Assédio não!”.


Antes de o jogo começar no Estádio Cartagonova, em Cartagena, na Espanha, as atletas da Seleção publicaram nas redes sociais um manifesto sem meias-palavras repudiando a violência contra a mulher. “Todos os dias no Brasil, milhares de pessoas são acometidas e desrespeitadas com cenas de assédio, seja moral ou sexual, especialmente nós, mulheres. São brasileiras e brasileiros, vítimas de abusos e atos que vão contra os nossos princípios de igualdade e construção de um mundo mais justo”, disse parte do texto divulgado.


Na véspera do amistoso, a técnica da Seleção feminina, Pia Sundhage, comentou sobre a seriedade do caso e como ele foi conduzido internamente. “Primeiro, informamos formalmente às jogadoras sobre o que havia ocorrido e elas puderam conversar e terem a opinião delas. Cada um de nós deve ser responsável pelas suas respostas”, disse a sueca, em coletiva de imprensa. Ontem, ela estava junto à equipe no posicionamento formal. Durante os 90 minutos, as brasileiras foram superiores, dominaram a posse de bola e construíram a vitória com dois gols de Bruna Benites e um de Andressa Alves.


Ao fim do jogo, a atacante Marta, principal referência do time canarinho, reforçou o quanto atletas e comissão técnica estão alinhadas. “Resolvemos mostrar a nossa opinião, porque somos, obviamente, contra qualquer tipo de assédio, sem fazer pré-julgamento. Os fatos estão aí para serem apurados, mas nós necessitamos mostrar o nosso posicionamento e fizemos em conjunto, como fazemos em todas as outras situações”, disse a camisa 10 do Brasil.


Contraditoriamente, a gestão de Rogério Caboclo à frente da CBF foi a que promoveu as maiores iniciativas por igualdade na entidade no âmbito da modalidade. Neste mês, o presidente afastado anunciou o primeiro patrocinador exclusivo da Seleção e do Brasileirão femininos. Foi ele também quem divulgou, em 2020, o pagamento de diárias equivalentes a jogadoras e jogadores na Seleção, sempre com discurso de tratamento igual entre homens e mulheres. A própria técnica Pia, bicampeã olímpica, foi trazida pelo atual presidente, que teria pensado no nome dela e feito o convite, em 2019, após o sucesso da Copa do Mundo, na França.  


Entretanto, como pontuou o manifesto das jogadoras, “dizer não ao abuso são mais que palavras, são atitudes”. As atletas fizeram o que também espera-se dos clubes e federações de futebol, inclusive os que já levantaram essa bandeira em jogadas de marketing anteriormente, em dias comemorativos. As atletas da Seleção feminina deixaram claro que “encorajam que mulheres e homens denunciem”. Afinal, como elas concluem no protesto, a luta pelo respeito e igualdade vai além dos gramados.


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