Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Xico com X, Bizerra com I terça, 22 de janeiro de 2019

FUTEBOL É COISA PAR AO NELSON...

 

FUTEBOL É COISA PARA O NELSON … – Xico Bizerra

Pouco, ou quase nunca, me atrevo a escrever sobre futebol por não dispor de dois atributos essenciais para poder incluir o tema em meus escritos: primeiro, o talento de um Nélson Rodrigues, que tão bem e como ninguém tratou o assunto, inibindo a todos a abordagem do tema. Tudo que se escrever sobre nosso esporte parecerá incompleto se comparado ao que escreveu o dramaturgo Nélson. Segundo, a comparação do futebol de hoje com o de antes, hoje muito diferente do daquela época, em que interesses financeiros não se sobrepunham à beleza do esporte, ao romantismo da bola rolando por entre pés mágicos e mãos defensoras de gols quase feitos. Tempo em que não se beijava descaradamente o escudo do time eventualmente ‘defendido’ pelos atletas atuais. Bem diferente dos craques (a estes podemos chamar de craques) de ontem, que, apesar de não beijarem levianamente os escudos dos seus times, o defendiam de verdade, com amor. Um Garrincha, um Nilton Santos, um Castilho, para não falar de Pelé, defenderam seus times por anos e anos, quando o futebol era apenas um esporte, longe de ser um negócio. Tempos em que uma cantora famosa se apaixonava por um jogador pobre. Tempos em que o golkeeper batia roupa e o centrefor, na banheira, reclamava do juiz da marcação do offside. Pela falta de um drible emocionante de Garrincha, de uma defesa arrojada de Carlos Castilho e levando em conta a inexistência atual de equivalentes jogadores, prefiro estragar minhas letras com o amor, o afeto e a saudade. Por isso que hoje, não obstante eventualmente vista uma camisa vermelha e preta com um leão desenhado no peito, sob o ouro e a prata de algumas estrelas conquistadas, acho mais fácil falar das arquibancadas e refletores da lua, das traves e entraves do amor, das embaixadas e dribles das estrelas, dos lagos e jardins de nuvens preguiçosas e dos golaços dos arco-íris coloridos … Futebol é assunto difícil demais para mim. É coisa para o Nélson.

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