Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

O Globo quarta, 05 de janeiro de 2022

FUTEBOL DE BOTÃO É TEMA DE INUSITADO MUSEU NA HUNGRIA DE PUSKÁS

Paixão brasileira, futebol de botão é tema de um inusitado museu na Hungria de Puskás

Coleção de peças do jogo e até troféus de campeonatos da modalidade forma uma curiosa atração na cidade de Szigetszentmiklos
Fotos de Ferenc Puskás e Lionel Messi entre botões com rostos de grandes jogadores do passado, na Casa do Futebol de Botão, museu especializado no assunto na cidade de Szigetszentmiklós, na Hungria Foto: ATTILA KISBENEDEK / AFP
Fotos de Ferenc Puskás e Lionel Messi entre botões com rostos de grandes jogadores do passado, na Casa do Futebol de Botão, museu especializado no assunto na cidade de Szigetszentmiklós, na Hungria Foto: ATTILA KISBENEDEK / AFP

Os húngaros alegam que o futebol de botão é criação deles, e surgiu em terras magiares em 1921. O que contraria a versão mais comum no Brasil, de que o jogo já existia por aqui até que, em 1930, teve suas regras padronizadas a partir do manual "Regras Officiaes do Foot-ball Celotex", escrito pelo músico, pintor e publicitário Geraldo Cardoso Décourt.

O húngaro Zoltan Bottyan, campeão mundial de futebol de botão, joga com seus botões favoritos no tabuleiro do museu dedicado à modalidade em Szigetszentmiklós, nos arredores de Budapeste Foto: ATTILA KISBENEDEK / AFP
O húngaro Zoltan Bottyan, campeão mundial de futebol de botão, joga com seus botões favoritos no tabuleiro do museu dedicado à modalidade em Szigetszentmiklós, nos arredores de Budapeste Foto: ATTILA KISBENEDEK / AFP

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Indefinições históricas à parte, a paixão pelo jogo ou mesmo curiosidade podem ser motivos suficientes para visitar Szigetszentmiklós, cidadezinha a 22 quilômetros de Budapeste que nunca entraria em qualquer guia de viagens não fosse o fato de abrigar a Casa do Futebol de Botão (Gombfoci Háza, em húngaro).

 

O museu foi formado a partir da coleção particular de Attila  Becz, que tem 65 anos e começou a praticar o futebol de botão aos oito, nos anos 1960.

- No verão, jogávamos futebol nas ruas e em terrenos baldios, depois, no futebol de botão no inverno, não havia muito mais o que fazer para um garoto louco por futebol - disse ele à agência de notícias  AFP - É um esporte nacional tradicional, como a petanca para os franceses ou o beisebol para os americanos.

Attila Becz, diretor da Casa do Futebol de Botão, em Szigetszentmiklos, mostra o botão mais antigo do museu húngaro Foto: ATTILA KISBENEDEK / AFP
Attila Becz, diretor da Casa do Futebol de Botão, em Szigetszentmiklos, mostra o botão mais antigo do museu húngaro Foto: ATTILA KISBENEDEK / AFP

O espaço do museu é pequeno, e  parece ainda mais acanhado diante do volume do acervo, acomodado em fileiras de armários no pequeno corredor que exibem memorabilia, incluindo botões antigos da década de 1920, troféus de campeonatos diversos  e conjuntos de plásticos com imagens de estrelas dos dias modernos.

É curioso ver as semelhanças e diferenças entre os botões usados por húngaros e brasileiros. Há discos idênticos, daqueles feitos com plástico ou madrepérola, mas também alguns bem exóticos, como uns que são apenas anéis. A palheta usada nos tabuleiros magiares, mais comprida, como uma tira, também não é a mesma da conhecida pelos jogadores brasileiros.

Botão em forma de anel e tira de plástico como palheta: o museu do futebol de botão de Szigetszentmiklos mostra como o jogo pode ser diferente daquele praticado no Brasil Foto: ATTILA KISBENEDEK / AFP
Botão em forma de anel e tira de plástico como palheta: o museu do futebol de botão de Szigetszentmiklos mostra como o jogo pode ser diferente daquele praticado no Brasil Foto: ATTILA KISBENEDEK / AFP

 

 

Fotografias nas paredes mostram jogadores lendários como Pelé e Ferenc Puskás agachados sobre as mesas de futebol de botão, prova da popularidade do jogo ao longo das décadas. No país do leste europeu, os botões foram produzidos em massa pela primeira vez na década de 1940, com fotos de jogadores coladas na década de 1950.

- Foi uma época de ouro para o futebol de botão e a Hungria, liderada por Puskás, estava no auge do futebol mundial - disse Becz.

O lendário Honvéde de Budapeste, o time que tinha Ferenc Puskás e serviu de base para a seleção da Hungria dos anos 1950, está representado na coleção do museu da Casa do Futebol de Botão, ao lado de fotos de Lionel Messi Foto: ATTILA KISBENEDEK / AFP
O lendário Honvéde de Budapeste, o time que tinha Ferenc Puskás e serviu de base para a seleção da Hungria dos anos 1950, está representado na coleção do museu da Casa do Futebol de Botão, ao lado de fotos de Lionel Messi Foto: ATTILA KISBENEDEK / AFP

Falando em Puskás, é bem possível imaginar que ele e seu amigo de infância Jozsef Bozsik, que nasceram em 1927 e 1925, respectivamente, tenham brincado juntos de futebol de botão quando crianças, no bairro de Kispesti, na periferia de Budapeste, ainda sem saber que seriam os maiores jogadores da seleção húngara que encantou o mundo na Copa de 1954.

Mais informações sobre o museu no site (apenas em húngaro)


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