Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Estadão segunda, 22 de novembro de 2021

FUTEBOL - COMO DEVEMOS OLHAR PARA LEILA, PRIMEIRA MULHER A PRESIDIR O PALMEIRAS?

 

Como devemos olhar para Leila Pereira, primeira mulher a presidir o Palmeiras?

Empresária dona da Crefisa terá três anos para deixar o seu legado no clube, até o fim de 2024

Robson Morelli, O Estado de S.Paulo

22 de novembro de 2021 | 05h00

Uma pergunta se segue ao empoderamento de Leila Pereira no Palmeiras, clube agora comandado pela primeira vez em sua história por uma presidenta. A dona da Crefisa foi eleita sábado para o cargo mais alto da instituição, será empossada dia 15 de dezembro e ficará no comando de uma das principais associações do futebol brasileiro e sul-americano até o fim de 2024. Mas como todos nós devemos olhar para Leila?

A resposta deveria ser simples, mas ainda não é. Um dia será. Estamos falando de uma mulher no comando de um dos segmentos mais machistas do Brasil, o futebol. Sua escolha, após votação, mesmo que candidata única, é um avanço para a sociedade, abre portas para quem vem atrás e amolece pensamentos duros, antiquados e retrógrados.

 
 
Leila Pereira
Leila Pereira venceu o pleito palmeirense neste sábado com 88,6% dos votos entre os sócios do clubes social Foto: Fabio Menotti/ SE Palmeiras
 

Ela construiu seu caminho pelo dinheiro, mas não somente por isso. Como patrocinadora do Palmeiras desde 2015, investiu pesado (perto de R$ 1 bilhão), divulgou suas empresas, se aproximou dos grupos dentro do clube e costurou sua candidatura tijolo por tijolo. Usou das vias legais e abertas para se lançar. Dobrou rivais e uniu desafetos. Portanto, Leila deve ser encara como uma pessoa destemida, paciente e boa gerenciadora.

No comando, não podemos olhá-la como sendo uma mulher. Isso tanto faz. Leila é a presidente. A comunidade palmeirense deve avaliar suas decisões, projetos e passos sempre de olho nos resultados para o associado, torcida e futebol.

Ela sabe que não poderá trabalhar apenas para uma dessas partes. Já está no clube tempo suficiente para entender que há muitos interesses no Palmeiras e terá de responder por todos eles. Quem nada, por exemplo, quer uma piscina mais adequada. O sócio almeja ser representado e ter seus familiares felizes dentro do clube. No futebol, o carro-chefe, ela já disse em palavras jogadas ao léu que o Palmeiras vai sempre ser forte. O que isso significa, o torcedor vai descobrir ao longo dos três anos de mandato. O dinheiro ajuda e o Palmeiras tem mais três temporadas de acordo com a Crefisa, firmados antes da eleição. Mas não pode ser somente isso.

É preciso olhar para Leila como uma pessoa que se propõe a trabalhar pelo Palmeiras, em todos os seus setores. Deixar o seu legado. Não sei se o futebol brasileiro está nesse estágio. Mas terá de aprender com ela.

Leila, como a Diniz, quebra barreiras. Outros clubes já tiveram presidentes mulheres, como o Flamengo, em 2010/12, com Patrícia Amorim. Então, é preciso olhar para Leila sem conceitos e preconceitos. E nada além disso.

 


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