A notícia de que o “Bar Luiz” iria fechar as portas caiu que nem uma bomba entre os boêmios cariocas. O bar, primeiro ponto de chope no Centro, é de 1887. Portanto, antes da libertação dos escravos e da República. Ali tem História, como lembra o antropólogo e coleguinha Paulo Thiago de Mello, autor de “Memória afetiva do botequim carioca”, em parceria com Zé Octávio Sebadelhe.
No período da Segunda Guerra, quando o Bar Luiz se chamava Bar Adolf, os estudantes do Pedro II invadiram o lugar para quebrar tudo, mas Ary Barroso, que almoçava lá no momento, subiu numa cadeira e explicou que o nome era em homenagem ao dono Adolf Rumjaneck, nada a ver com o líder nazista: “Ele salvou o boteco, que mudou de nome pra Bar Luiz, para evitar novas confusões.”