Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense terça, 12 de novembro de 2024

FRUTAS DE GRAÇA: BRASLIENSES PODEM APROVEITAR 950 MIL ÁRVORES FRUTÍFERAS

Frutas de graça: brasilienses podem aproveitar 950 mil árvores frutíferas

São 35 espécies em todo o DF e essa é uma das épocas em que os brasilienses mais aproveitam esse presente da natureza, que traz benefícios para a saúde e o bolso

Elias Farias costuma colher mangas nas ruas há anos -  (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
Elias Farias costuma colher mangas nas ruas há anos - (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
 

Chegou a época mais aguardada por muitos brasilienses. Nos últimos meses do ano, o Distrito Federal se torna um pomar a céu aberto durante a temporada de frutas. São mais de 5,5 milhões de árvores plantadas. Dessas, 950 mil são frutíferas de 35 espécies em todas as regiões administrativas, de acordo com a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap).

Entre as espécies, há abacateiros, mangueiras, jaqueiras, goiabeiras e amoreiras. Espalhadas por toda a capital, elas enfeitam ruas e praças, oferecendo uma variedade de opções à população que se aventura na colheita urbana.

Para os moradores, é motivo de alegria. O entregador Antônio Carlos, 58 anos, foi de Ceilândia até a Avenida das Jaqueiras, no Cruzeiro, para aproveitar o período de jacas maduras. Ele as colhe e presenteia amigos e familiares. "Essa jaca é uma das melhores. Temos que aproveitar. Fui comprar um dia e o quilo estava R$ 20. Pegando aqui, consigo levar muitas e dividir com todo mundo", diz. 

 

 11/11/2024. Crédito: Minervino Junior/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF. Rua das Jaqueiras temporadas das frutas da estação. Antônio Carlos.
Antônio Carlos garante que as jacas colhidas nas ruas são as melhores(foto: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)

 

O supervisor Elias Farias, 63, também não deixa a época passar. Todos os anos, ele faz questão de aproveitar a pausa no trabalho, próximo ao Eixo Monumental, para apanhar mangas. "Venho aqui faz tempo e gosto muito. Uma vez choveu muito forte. Eu me abriguei no carro e, quando passou, saí e tinha um monte no chão. Enchi uns cinco sacos da fruta. Nunca vou esquecer disso", lembra.

Aproveitando a volta para casa, depois de um curso, a aposentada Ilma Sardinha, 73, não perdeu a oportunidade de colher diversas frutas, como mangas, amoras e abacates. Para ela, pegar o alimento direto das árvores é mais saudável para o corpo e para o bolso. "Quando você compra no mercado, eles vêm com agrotóxicos e todo tipo de coisa. É mais confiável. E também economizo muito", conta.

 

 11/11/2024. Crédito: Minervino Junior/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF. Temporadas das frutas da estação. Ilma Sardinha recolhendo frutas pé de Amora.
Ilma Sardinha colhe diversos tipos de frutas, entre elas, as amoras(foto: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)

 

Ricardo Carmona, professor titular da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade de Brasília (UnB), alerta, no entanto, que é importante respeitar o ciclo de cada árvore. "A coleta de frutos de forma racional, na qual apenas parte dos frutos produzidos é coletada, não representa problemas ao ambiente. Entretanto, quando a coleta é muito intensa, como acontece em algumas reservas extrativistas com pequizeiro na região dos Cerrados, a capacidade regenerativa natural da espécie acaba sendo prejudicada", explica.

Saúde

O nutricionista Gabriel Moliterne ressalta que a presença de frutas frescas nas ruas representa uma oportunidade única aos moradores. Ele destaca o consumo de frutas da estação colhidas diretamente das árvores como fonte de benefícios adicionais à saúde, pois são consumidas em seu ponto máximo de maturação, preservando nutrientes.

 

"Costumam ter menos resíduos de agrotóxicos, pois crescem naturalmente nas condições climáticas ideais. Além disso, preservam melhor seu perfil nutricional, pois não passam pelos processos de armazenamento e transporte prolongados, os quais podem comprometer nutrientes importantes", afirma.

A nutricionista Rita de Kassia acrescenta que a colheita direta da árvore também contribui para uma alimentação sustentável. "São fontes ricas em vitaminas, minerais e antioxidantes essenciais para manter o nosso corpo funcionando de forma otimizada. Além disso, ao consumir frutas frescas e sazonais, estamos incorporando uma variedade de sabores e nutrientes em nossa dieta, fundamentais a uma alimentação equilibrada e saudável", enfatiza.

Para a bióloga Melina Guimarães, professora do curso de Ciências Biológicas da Universidade Católica de Brasília (UCB), a presença de árvores frutíferas nas ruas desempenha um papel importante, porque essas espécies também nutrem animais. "O plantio de árvores frutíferas atrai a atenção das pessoas, e podem até servir de alimento. O mais importante, no entanto, é o provimento de alimento aos animais, seja na fase de polinização das flores ou na dispersão dos frutos", explica.

Hora de colher

Fonte: Gabriel Moliterne, nutricionista

 


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