FRANCISCO PETRÔNIO - BAILE DA SAUDADE
Raimundo Floriano
Este inesquecível ídolo de nosso cancioneiro dedicou toda sua vida artística a enternecer os corações românticos das gerações que o conheceram.
Francisco Petrônio, nome artístico de Francisco Petrone, cantor e compositor brasileiro, filho de imigrantes italianos, nasceu no Bairro do Bexiga, em São Paulo (SP), a 8 de novembro de 1923, onde veio a falecer, a 19 de janeiro de 2007, com 83 anos de idade.
Cantava desde a infância, e costumava contar: "Quando eu era criança, meu pai chamava amigos e companheiros e me colocava sobre uma cadeira para que eu cantasse. Ser cantor era um sonho de criança que, apenas em 1961, se tornou realidade. Eu era taxista e costumava cantar enquanto dirigia. Numa dessas corridas um passageiro e cantor chamado Nerino Silva gostou de minha voz e me levou para fazer um teste na TV Tupi. Cantei, e o Cassiano Gabus Mendes que, na época, era diretor artístico da emissora, gostou de minha voz e me contratou para a Rádio e a TV Tupi".
Em 1964, gravou a valsa Baile da Saudade, de Palmeira e Zairo Marinozo, que marcou sua carreira e bateu recordes de vendas. Na televisão, em 1966, criou o programa Baile da Saudade, apresentado na TV Paulista, aproveitando a boa receptividade da música que levava o mesmo nome. Posteriormente, passou por várias emissoras brasileiras, como TV Band, TV Gazeta, com o programa Trasmontano em Família, TV Cultura, com Festa Baile, TV Record, com O Grande Baile e Rede Vida com Cantando com Francisco Petrônio.
Conhecido também como o Rei do Baile da Saudade, Francisco Petrônio passou a realizar shows e Bailes da Saudade por todo o Brasil. Certa ocasião, declarou: "Continuo fazendo o que melhor sei fazer, ou seja, cantar. Até quando, não sei, Deus é quem dirá. A única certeza que tenho é de que estou aqui de passagem e preciso entoar meu cântico aos que gostam de me ouvir cantar.
Em 46 anos de carreira, gravou cerca de 750 músicas e teve lançados 55 discos e CDs, entre gravações solo, participações especiais e regravações.
Casado com Rosa Petrone, teve três filhos, José, Armando e Francisco Jr., e seis netos, Alessandro, Leandro, Thiago, Juliana, Camila e Rafaela.
Está sepultado no Cemitério do Araçá.
Para mostrar-lhes um pouco de seu repertório seresteiro, escolhi 6 faixas, extraídas deste magnífico CD, adiante relacionadas:
O Baile da Saudade, valsa de Palmeira e Zairo Marinozo:
Rapaziada do Braz, valsa de Alberto Marino:
Rosa, valsa de Pixinguinha:
Branca, valsa de Zequinha de Abreu e Duque de Abrante:
Bodas de Prata, valsa de Roberto Martins e Mário Rossi:
Eu Sonhei Que Tu Estavas Tão Linda, valsa de Lamartine Babo e Francisco Matoso: