Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Cícero Tavares - Crônicas e Comentários domingo, 03 de setembro de 2023

FRANCISCO DE ASSIS – O MANÍACO DO PARQUE (CRÔNICA DE CÍCERO TAVARES, COLUNISTA DO ALMANAQUE RAIMUNDO FLORIANO)

 

FRANCISCO DE ASSIS – O MANÍACO DO PARQUE

Cícero Tavares

Francisco de Assis, à época da prisão, em 1989

 

O filme de título “Maníaco do Parque”, que está sendo rodado em São Paulo e será lançado em 2024, contará a história do serial killer Francisco de Assis Pereira (1967), o motoboy psicopata vivido na tela pelo ator (Silvero Pereira), foi condenado por um júri popular a mais de 268 anos de prisão por atacar mais de vinte e uma mulheres, tendo assassinado dez delas e escondido seus corpos no Parque do Estado, em São Paulo.

A história do assassino em série e os detalhes da sua psicopatia são revelados por Elena (Giovanna Grigio), uma repórter iniciante que enxerga na investigação dos crimes cometidos pelo maníaco a grande chance de alavancar sua carreira. Enquanto Francisco de Assis segue vivendo livre e atacando mulheres, sua fama na mídia sensacionalista cresce vertiginosamente, gerando terror na capital paulista.

Tendo suas primeiras cenas gravadas no parque de São Paulo, o filme o “Maníaco do Parque,” está sob a direção do competente diretor Maurício Eça, produzido por Marcelo Agra e roteiro de L.G. Bryão, Thaís Nunes, com estréia prevista para 2024, conta a história do motoboy, o serial killer Francisco de Assis, matador de mais de dez mulheres no parque da zona sudeste de São Paulo nos anos noventa e abusado de mais de vinte e uma delas. Isso é o que está comprovado nos inquéritos policiais.

A história do Maníaco do Parque é assustadora, aterrorizante, exigindo uma abordagem séria do diretor que a conduz à telona. Filmar a história do Maníaco do Parque com seriedade, fugindo dos clichês dos filmes brasileiros, é saber decifrar com seriedade o poder de persuasão do maníaco para atrair suas vítimas para dentro do Parque com promessas vãs. “Me aproximava das meninas como um leão se aproxima da presa. Eu era um canibal. Jogava tudo o que eu podia para conquistá-la e levá-la para o parque, onde eu acabava matando e quase comendo a carne. Eu tinha uma necessidade louca de mulher, de comê-la, de fazê-la sentir dor. Eu pensava em mulher 24 horas por dia.”

O famoso motoboy recebia várias cartas de admiradoras na prisão. Alguns trechos desses documentos]:

“Eu não sei o que fazer para te distrair. Mas eu tenho uma ideia: primeiro quero dizer que te desejo todas as noites. É muito bom. Te acho gostoso, meu fogoso. Você está juntinho comigo, dentro do meu coração. Depois que chego em casa, queria você de corpo e alma, te amando. Te quero de qualquer jeito. Eu te amo do fundo do meu coração. Não perca a esperança, acredite em Deus, porque algum dia a gente vai se encontrar. Sei de seu comportamento doentio, por isso quero que fique calmo… ”

“Por enquanto, nossos beijos são assim. Mas quero te beijar de verdade. Acho que tens saudades. Eu te amo, te amo, te amo etc., te desejo, te quero de corpo e alma. E me perdoe por tudo que estou sofrendo. Sabe Francis, eu não me conformo, e choro. E eu preciso ser forte (…)”

“Quero te dizer que estou morrendo de saudade, querendo você… Aih meu Deus como te desejo todas as noites. Eu durmo sozinha e querendo você aqui. Mas sei que é impossível. O certo é eu ir te ver. E como posso sentir. Que é meu?”

“Francisco, não deixe a tristeza tomar conta de você e acabar com o brilho do seu olhar. Acredite em Deus, você não está e nunca ficará sozinho. Jesus te ama, sua mãe e seu pai também e, principalmente, eu…”

“Depois que tudo aconteceu, tentei dar um fim a minha vida, mais uma coisa super interessante teve que acontecer, eu pensei muito e tive esperanças, acredite o mundo dá voltas, quando a gente menos espera algo de bom sempre acontece.”

O jornalista e roteirista Gilmar Rodrigues publicou, em 2009, o livro “Loucas de Amor: mulheres que amam serial killers e criminosos sexuais” (editora Ideias a Granel), onde tenta entender por que o Maníaco é desejado por tantas mulheres. Segundo o autor, ele ficou impressionado com as cerca de mil cartas de amor que o criminoso recebeu um mês após ser preso, ainda em 1998.

Espera-se que o diretor Maurício Eça seja honesto na transposição para a telona desse tema tão integrado e salve o cinema brasileiro das porcarias que são lançadas há de séculos.

 

Maníaco do Parque conta o que sente ao ver fotos de suas vítimas

 

 


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