RIO — O Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, amanheceu cercado por equipes das Forças Armadas e da Guarda Municipal, na manhã desta terça-feira. A segurança do local foi reforçada pois há um temor que ainda haja peças de valor no prédio e possam acontecer saques e, também, para preservar equipes que atuam no local. Um perímetro de segurança em torno do prédio foi determinado pela Polícia Federal.
Após incêndio, moradora encontra item que seria do acervo de museu em sua varanda
Segundo o coronel Carlos Cinelli, porta-voz do Comando Militar do Leste (CML), estão na área do museu equipes do Batalhão de Guardas do Exército, que tem seu quartel situado em São Cristóvão. As equipes atuam em coordenação com a Polícia Militar para cobrir todo o local do incêndio.
Durante a madrugada, a chuva ajudou a apagar alguns focos de incêndio. Algusn deles, porém, voltaram a aparecer pela manhã. Bombeiros deram início a uma nova fase da operação rescaldo no local.
Nesta segunda-feira, um dia após o incêndio que devastou praticamente todo o acervo do museu, pesquisadores ainda tentam levantar o material que foi perdido. No início do tarde, o geógrafo Renato Cabral Ramos informou que toda a coleção egípcia, inclusive as múmias, foi perdida.
Uma das peças mais importantes, "Luzia", o crânio humano mais antigo já encontrado no Brasil, continua desaparecido. Segundo funcionários, "Luzia" estava guardada dentro de um caixa de metal, no interior de um armário, no primeiro andar. Na ala dos fundos do museu. O armário está sob escombros, por isso não é possível saber seu estado.
ALGUMAS PEÇAS SOBREVIVERAM
Em meio a tantas notícias ruins, os pesquisadores tiveram um pequeno alento. Alguns funcionários entraram junto com a Defesa Civil no prédio, nesta terça, e conseguiram resgatar um quadro de Marechal Rondon. A pintura em óleo, que está coberta de fuligem, pode ser restaurada, acreditam.
Ao longo do dia, alguns funcionários puderam entrar no prédio e conseguiram resgatar outras peças que não foram destruídas.