Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense terça, 29 de setembro de 2020

FOGO E SECA CASTIGAM O DISTRITO FEDERAL

Jornal Impresso

Fogo e seca castigam o Distrito Federal
 
 
As altas temperaturas e baixa umidade relativa do ar têm contribuído para grande ocorrência de incêndios florestais. Além disso, brasilienses correm risco de desidratação. Por isso, cuidados devem ser intensificados durante este período

 

Publicação: 29/09/2020 04:00

Incêndio consumiu parte da reserva florestal do Palácio do Jaburu, ontem. Trinta e cinco militares e sete viatuaras atuaram na ocorrência (CBMDF/Divulgação)  

Incêndio consumiu parte da reserva florestal do Palácio do Jaburu, ontem. Trinta e cinco militares e sete viatuaras atuaram na ocorrência

 


» TAINÁ SEIXAS
 
Seca e calor: o clima não é novidade para os brasilienses. Além dos efeitos na saúde da população, a combinação desses dois elementos é a responsável pelo alto índice de incêndios florestais que ocorrem no Distrito Federal durante este período. Por isso, os cuidados têm que ser redobrados, tanto individuais quanto para com o meio ambiente.
 
Apesar de chuvas que apaziguaram a seca na semana passada, a baixa umidade voltou com tudo. Ontem, a Defesa Civil decretou estado de alerta, após o DF ter umidade entre 12% e 20% por três dias consecutivos. No domingo, o índice ficou abaixo dos 12%.

Rebeca Gonçalves foi ao Parque da Cidade se refrescar com água de coco (Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)  

Rebeca Gonçalves foi ao Parque da Cidade se refrescar com água de coco

 

Pneumologista e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília (UnB), Ricardo Martins afirma que os cuidados têm que ser postos em prática e intensificados neste período. “As pessoas tendem a relaxar, mas como choveu um pouco e o clima voltou a ficar seco imediatamente — além de estar muito quente — a chance de desidratação é muito grande”, explica o médico. E, o remédio é um só: beber bastante água.
 
Especialistas recomendam evitar exercícios físicos em locais abertos entre 10h e 16h; evitar a exposição ao sol durante o mesmo período; utilizar roupas leves; comer alimentos saudáveis; e evitar ambientes com ar-condicionado, o que contribui para o ressecamento do local. Aumentar a umidade do local em que se dorme — com umidificador, toalhas molhadas ou recipientes com água — também é aconselhado pelos profissionais de saúde.
 
Cuidados
A professora Victoria Junqueira, 28 anos, aumentou consideravelmente seu consumo de água; ela bebe quatro litros diariamente. Outra adaptação que ela fez na rotina foi passar a praticar exercícios aeróbios após o entardecer; durante o dia, só ioga e alongamentos. Manter-se hidratada, no entanto, não evita que ela passe muito calor. “Está muito seco e quente. Difícil de viver. Meus lábios estão secos, e eu ando tendo muita dor de cabeça. Esta época é sempre terrível para mim”, relata a moradora da Asa Norte.
 
O casal Rebeca Gonçalves, 17, e Jean Carlos Dias, 18, procuraram o Parque da Cidade para se refrescar em meio ao calorão com água de coco geladinha. “É bem difícil, porque está muito calor, muito abafado, e a gente tem que ficar se hidratando toda a hora. Mas, eu venho bastante para cá, tomo água de coco. Já se tornou rotina”, relata a estudante.
 
De acordo com informações do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o Distrito Federal deve ficar sem chuvas por, no mínimo, mais duas semanas. “Estamos debaixo de uma massa de ar seca e quente, que proporciona temperaturas elevadas e baixa umidade. O retorno da chuva está previsto apenas a partir da segunda quinzena de outubro”, explica meteorologista do Inmet Andrea Ramos.
 
Queimada no Jaburu
Um incêndio florestal tomou conta de parte da área de preservação do Palácio do Jaburu, residência oficial da vice-presidência da República, na tarde de ontem. Os bombeiros foram acionados por volta das 13h35. Sete viaturas e 35 militares atuaram para conter as chamas, o que ocorreu por volta das 16h50. Algumas equipes, contudo, permaneceram no local para lidar com o rescaldo da queimada.
 
O incêndio teria se originado quando uma equipe de telefonia móvel trabalhava em uma torre de celular, recentemente instalada na região. Uma fagulha de uma solda utilizada pelos funcionários teria caído na vegetação local e, com o vento, o fogo se alastrou.
 
Inicialmente, equipes de socorro urbano atenderam à ocorrência visando a proteção da torre. Profissionais especializados em combate a incêndio florestal apareceram em seguida, para conter a queimada que tomava conta do local. As chamas espalharam-se em área oposta ao palácio; não houve vítimas e nenhuma construção foi atingida. A área afetada está sendo avaliada.
 
O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal mensura que a área destruída por incêndios florestais em 2020 é superior à registrada em todo o ano passado. Até este mês, 17.919,89 hectares de vegetação foram devastados. Em 2019, o fogo consumiu 16.177,51 hectares.
 
Apenas em setembro, a área atingida estimada é de 8.134,23 hectares. Em outubro, foram 6.367,12 hectares, 75% a mais que o registrado no ano passado. Os bombeiros receberam em média 57 ocorrências diárias neste mês.
 
Para evitar que mais áreas sejam castigadas pela seca, a recomendação do Corpo de Bombeiros é não atear fogo para limpeza de terrenos, lixo ou resto de podas; sempre certificar-se que o cigarro está apagado, e descartá-lo em local apropriado; e, caso aviste algum foco de incêndio, ligar 193 e indicar o local das chamas.
 
 
 
Três perguntas para 
 
Paulo Jorge, tenente do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal
 
O que gera os incêndios florestais?
A principal causa de incêndios é o homem. Das ocorrências que a gente atende, 90% são provocadas diretamente pelo homem. De forma intencional, criminosa, na queima de lixo em residências, em chácaras, tudo isso provoca esses princípios de queimadas. Com o desleixo, na hora de fazer uma limpeza no lote, no quintal, com esse forte vento que a gente tem, acaba atingindo a vegetação natural.
 
Quais as medidas devemos tomar para evitar a propagação do fogo?
A gente sempre solicita que não se faça esse tipo de queima de limpeza de resto de vegetação neste período que a gente enfrenta. Se tiver que fazer, faça pelo período da manhã, em que os ventos são mais fracos, a umidade é mais elevada e está mais frio. O pessoal, normalmente, faz a tarde, com umidade bem baixa e vento forte e acaba perdendo controle do fogo.
 
Como se dá o trabalho dos bombeiros em campo? Quanto tempo em média dura uma operação de combate às chamas?
Isso é muito relativo. Depende do tamanho do incêndio, do tipo de vegetação e das condições climáticas que a gente encontra. Aqui em Brasília, a gente não tem o hábito de deixar ocorrências de um dia pra outro. Pode demorar o que for, mas a gente não deixa ocorrências durarem mais que um dia.
 
 
Orientações
 
Veja dicas para diminuir os efeitos do calor e da seca
 
» Procure manter o corpo sempre bem hidratado. Portanto, beba bastante água, mesmo sem sentir sede. Na hora do lanche ou da sobremesa, dê preferência a frutas ricas em líquidos, como melancia, melão e laranja, por exemplo. Em especial, fique atento à hidratação das crianças, idosos e dos doentes;
» Aplique soro fisiológico no nariz e nos olhos para evitar o ressecamento;
» Evite a prática de exercícios físicos ao ar livre entre 10h e 17h;
» Use produtos para hidratar a pele do rosto e do corpo, pelo menos depois do banho e na hora de deitar;
» Coloque chapéus e óculos escuros para proteger-se do sol;
» Aproveite o vapor produzido pela água durante o banho para lubrificar as narinas;
» Coloque toalhas molhadas, recipientes com água ou vaporizadores nos quartos de dormir;
» Evite aglomerações e a permanência prolongada em ambientes fechados ou com ar condicionado, pois o ressecamento das mucosas aumenta o risco de infecções das vias aéreas;
» Mantenha a casa sempre limpa e arejada. O tempo seco aumenta a concentração de ácaros, fungos e da poeira em móveis cortinas e carpetes;
» Procure não usar vassouras que levantam o pó por onde passam. Dê preferência para aspiradores ou panos úmidos;
» Ligue ventiladores de teto no modo “exaustor”, com ar direcionado para cima. Ligados para baixo, no modo “ventilação”, levantam a poeira que se mistura no ar;
» Não queime lixo nem provoque queimadas por descuido ou desatenção.
 
Fonte: Defesa Civil
 
 
Se prepare
 
Confira a previsão do tempo para os próximos dias
 
Hoje
Temperatura
Mínima: 18°C
Máxima: 34°C
Umidade
Mínima:15%
Máxima: 50%.
 
Amanhã
Temperatura
Mínima: 17°C
Máxima: 33°C
Umidade
Mínima: 20%
Máxima: 70%
 
Quinta-feira
Temperatura
Mínima: 17°C
Máxima: 32°C
Umidade
Mínima: 20%
Máxima: 75%
 
Sexta-feira
Temperatura
Mínima: 16°C
Máxima: 33°C
Umidade
Mínima: 15%
Máxima: 70%

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