Saudações tricolores! Já comecei a contagem regressiva movido a dopamina máxima do sonho ao alcance das mãos. Estou em modo TPL máxima (Tensão Pré-Libertadores), agora quando escrevo faltam exatamente 22 horas e 32 minutos para a bola rolar. O que fazer com todo esse tempo? Com sorte, oito horas de sono, talvez sonhos (ou pesadelos) já diminuem para 14 intermináveis horas até o juiz apitar e o coração disparar.
Meu coração tricolor deu grande prova de força e resistência quando, no dia seguinte de um infarto, assistiu no CTI do Copa Star o jogo contra o Inter, aos berros, sim, mas com ótima performance cardíaca, reforçada por dois stents. Está totalmente liberado para a final, à disposição do professor.
Nada nunca está seguro nem garantido. Enquanto a bola rolar tem jogo, os exemplos são incontáveis e fazem parte da história do futebol. E de seus momentos épicos e gloriosos.
E tenebrosos. Sim, eu estava no Maracanã em 1976, na semi do Brasileirão contra o Corinthians, quando a torcida alvinegra invadiu o Rio de Janeiro e ocupou mais da metade do estádio antes da torcida do Fluminense chegar. Sob chuva torrencial, que nivelou o jogo por baixo, a fabulosa “Máquina Tricolor” sucumbiu diante de um time tecnicamente muito inferior, mas guerreiro e apoiado pela torcida, que tomou o primeiro gol mas empatou e levou o jogo aos pênaltis. E venceu. Eliminando a Máquina até então invencível com seu futebol-espetáculo de Rivellino, Paulo César Caju, Carlos Alberto Torres, Félix, Pintinho, Narciso Doval, Edinho, Dirceu, e outros craques da seleção, contra o Timão de Geraldão, Ruço, Vaguinho e Vladimir. Foi uma dura lição no orgulho e no excesso de auto confiança, talvez, ou apenas coisas do futebol e de sua caixinha de surpresas. O sonho de uns é o pesadelo de outros.
Basta um momento de distração, um passe errado, uma quebra da concentração, um apagão até, para o jogo virar. É por isso que amamos futebol, um jogo de arte, guerra e estratégia em que a única certeza é que não ha certezas. Vai Fluzão!