Morreu em decorrência de complicações causadas pela Covid-19 o poeta, cantor e compositor Flávio Tadeu Rangel Lira, o Flaviola, aos 68 anos. O artista é uma das referências da cena musical psicodélica pernambucana dos anos 1970, ao lado de nomes como Alceu Valença, Lula Côrtes e Robertinho do Recife.
Em 1976 lançou o cultuado álbum "Flaviola e o Bando do Sol", trabalho que mistura folk-rock com ritmos e referências da música do nordeste. O disco foi reeditado nos anos 2000 pelos selos Time Lag (EUA) e Mr. Bongo (Inglaterra) e conquistou uma nova geração de fãs.
O artista só viria a lançar outro disco em 2020, quando pôs na rua o álbum autoral "Ex-tudo", disponível nas plataformas digitais. O pernambucano também autou como diretor musical de espetáculos de teatro como “Dzi Croquettes em bandália”.
Flaviola também ficou marcado por parcerias, como nas canções "Quasar do sertão" e "Martelo dos 30 anos" com Zé Ramalho. O músico tinha ainda engatilhado um projeto de composições inéditas feitas com Lula Côrtes no anos 1970.
Natural de Recife, ele estava radicado no Rio de Janeiro há vários anos. Porém, voltou a morar capital Pernambucana nos últimos anos onde lançou seu segundo trabalho e viveu seus últimos dias.