Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Paulo Azevedo - Crônicas, contos e outras delícias! quinta, 02 de novembro de 2017

FINADOS, UMA REFLEXÃO

 

FINADOS, UMA REFLEXÃO

Paulo Azevedo

 

 

 

Hoje li que a nossa maior atriz de todos os tempos, Fernanda Montenegro, aos oitenta e oito anos, pensa na morte todos os dias. Não penso todos os dias, mas, às vezes, me pego pensando no derradeiro fim.

 

 Nossa única certeza é ela, para qualquer um ela chegará. E, enquanto não chega, o que faremos? Que somos cadáveres adiados isso, alguém já disse, como também que tem gente que morre em vida. Resta-nos viver bem.

 

Acredito, por conta da minha mãe, que a cada mágoa, cada raiva, cada discussão vazia, cada mentira que machuca, cada cena de ciúme doentio, cada maldade, cada passarinho preso na gaiola, cada cachorro chutado, e a cada traição, a gente mata e morre aos pouquinhos, pequenas mortes.

 

Já parou para pensar quanto de falta fará quando se for? Somos insubstituíveis? Alguns sim, outros não. O que deixarei de relevante? Assusta? Muito.

 

Passar por esta vida em branco dá medo e aproxima da morte. Não precisamos fazer uma grande obra, tornar-se famoso, basta sermos nós mesmos. A morte se interessa por todos.

 

Viver bem, para morrer bem!


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