Entre os dias 29 de agosto e 18 de setembro o brasiliense poderá se deliciar com pratos inéditos do Festival Porco Rústico Duroc, que se realiza, pela primeira vez na cidade, como opção gastronômica apresentada em 29 restaurantes. O menu possui duas faixas de preços: R$ 55,50 e R$ 75,70, ficando a cargo de cada casa escolher aquela que melhor se adequa à sua receita.
Os restaurantes confirmados no festival são: Dom Francisco Restaurante (unidades 402 sul e Asbac), Universal Restaurante, Blas Cozinha de Culturas, Mayer Sabores do Brasil, Café das Orquídeas, Carpe Diem, Leo Hamu,Vila Cinco Restaurante, Le Birosque, Xamam Restaurante e Charcutaria, Trattoria Da Rosario, IVV Swinebar, BSB GRILL das unidades da Asa Norte e Sul, Primeiro Cozinha de Bar, Teta Cheese Bar, Ticiana Werner Restaurante & Wine Bar, Norton restaurante, Dona lenha (unidades da Asa Norte e Sul e do Terraço Shopping), Brasis Ateliê Gastronômico, Superquadra (as duas unidades), Assados do Fred e Conca Cozinha Original.
Quando o porco é nobre
Já se vão 13 anos que Brasília teve o seu primeiro festival de carne suína promovido pela Abrasel com a participação de 32 restaurantes, muitos já extintos, como o memorável O Convento e o mais recente Feitiço Mineiro. O sucesso se repetiu por nove edições durante as quais cresceu o entusiasmo pelo consumo da carne, que já naquela época começava a quebrar tabu. O principal dizia respeito à falta de higiene na criação do animal, que por ser sujo e gordo poderia causar doenças.
O preconceito foi vencido graças à tecnologia usada nos criatórios e o reconhecimento do inigualável sabor suíno, que chegou até à alta gastronomia, além do surgimento de novas raças. Uma delas teve enorme destaque. É a Duroc, que pela sua suculência, maciez e nítido gosto vai ganhar um festival para chamar de seu.
Bisteca Fiorentina
A maioria dos chefs e restaurateurs visitou na quarta-feira a fazenda Miunça, localizada na DF 295, distante 70 quilômetros da rodoviária de Brasília, onde tudo começou. Foi o produtor rural e zootecnista Alexandre Cenci quem importou as primeiras matrizes da raça Duroc trazidas de avião dos Estados Unidos, em abril de 2020. Com 200 fêmeas e 50 machos reprodutores, selecionados geneticamente, teve início a produção suína, cuja “alta qualidade com mais coloração e marmoreio garante uma experiência gastronômica diferenciada da carne de porco tradicional”, explica Alexandre Cenci.
Menos de dois anos mais tarde, bons cortes de Duroc chegavam ao mercado numa iniciativa da Hartos Agropecuária, empresa de Censi, em parceria com a Casa do Holandês, cujo titular Raymond Graumans realiza os cortes, e a Malunga de Joe Valle, que ofereceu o produto primeiro na loja do Sudoeste. Os três parceiros contaram com o entusiasmo e orientação do chef Francisco Ansiliero, mestre no preparo da carne suína, que acaba de encomendar ao holandês o corte Duroc semelhante ao da bisteca fiorentina.