Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense quinta, 27 de fevereiro de 2020

FESTIVAL CORAÇÃO CANDANGO

 

Somos todos candangos
 
Festival Coração Candango faz uma homenagem a quem construiu e ainda constrói Brasília nos últimos 60 anos

 

Roberta Pinheiro

Publicação: 27/02/2020 04:00

Martinha do Coco:  

Martinha do Coco: "Aqui me reinventei na minha essência do viver"

 

 
 
Prestes a completar 60 anos, Brasília é uma cidade que se define pela síntese. No Planalto Central, sotaques de diferentes cantos do país vieram construir a capital do país. Na mala, trouxeram ritmos, gastronomia, modos de ser, de fazer, de viver. Estabeleceram-se candangos que deram origem aos brasilienses. Para homenagear quem construiu e ainda constrói a cidade nos últimos 60 anos, nasce o projeto Coração Candango.
 
Estabelecido no Setor Comercial Sul, lugar de encontro de pessoas com as mais diversas características, o evento, que começa hoje, traz manifestações populares, cores, sons, cheiros, artesanato e dança que pulsam no DF. “A ideia é resgatar a influência dos estados do Nordeste na formação de Brasília, na forma de ser do DF. E também as pessoas trazerem as pessoas que até hoje constroem a nossa cidade, pessoas que estão à margem. Muita gente anônima foi fundamental para isso existir. Todos somos candangos e candangas até hoje. Não é importação cultural, são várias influências, é esse choque, essa mistura”, explica o idealizador do projeto, Raphael Sebba.
 
Na primeira edição, integram a programação do Coração Candango Pitoco de Bambu, Charretinha do Forró, Choro Delas, As Fulô do Cerrado, Bando Matilha de Capoeira, Filhos de Dona Maria, Bloco Dona Imperatriz convida Thabata Lorena, Dona Martinha do Coco e 7 na roda. “Procuramos fazer uma curadoria que fosse diversificada do ponto de vista das influências estaduais, do ponto de vista etário e histórico. Temos de Dona Martinha do Coco até as meninas As Fulô do Cerrado. Tem o resgate da cultura popular e tem o processo de renovação e revisão de todas as influências. Queremos preservar essa diversidade, que é o maior símbolo do DF e da cultura candanga”, comenta.
 
Além das atrações musicais, o festival promove oficinas e uma feira criativa com comidas típicas e produtos artesanais. “É cultura no sentido antropológico, o modo de ser, a forma de ver o mundo. Isso não se resume às artes, envolve economia criativa, gastronomia, artesanato, todas as dimensões”, avalia Sebba. Ele também pontua que a ambientação do Coração Candango foi pensada para promover uma experiência ao público, uma forma de trazer elementos nordestinos.
 
O fascínio pela cultura popular nordestina conquistou as amigas e artistas da banda As Fulô do Cerrado (Davi Mello/Divulgação)  

O fascínio pela cultura popular nordestina conquistou as amigas e artistas da banda As Fulô do Cerrado

 

 
Reinvenção
 
Mestra Martinha do Coco é uma das principais referências em cultura popular no DF. Também é um sinônimo do ser candango. Vinda de Olinda, em Pernambuco, ela chegou à capital com 17 anos. Martinha é moradora do Paranoá há 30 anos e teve a oportunidade de iniciar a carreira artística cantando samba de coco no grupo de percussão da Organização Tambores do Paranoá — Tamnoá.“Todo mundo se reinventou dentro dessa cidade. É a força do nordestino e de pessoas de outros lugares. A importância do entorno que fortalece”, comenta a artista.
 
Com o samba de coco, Martinha canta e conta as histórias da cidade mística, como descreve Brasília. A mestra se orgulha em ver o amor com que os fazedores de cultura e os aprendizes contribuem para a cultura popular dentro de Brasília. “Aqui me reinventei na minha essência do viver. O conhecer pessoas, os monumentos, outras falas, as misturas. Aprender e respeitar tudo isso é o que faz a cidade.”
 
Planejado há alguns anos, o Coração Candango é uma forma de materializar e concretizar a identidade do Distrito Federal, principalmente em ano de festa. “Para mim, o DF é o símbolo do Brasil. Pode parecer uma fala forte, mas não é menosprezando outros símbolos, é que aqui é a síntese de tudo, dos quatro cantos do país. E as manifestações culturais aqui acontecem com muita qualidade. O projeto é para valorizar a nossa diversidade e dar visibilidade para as manifestações invisibiwlizadas, que são pouco comentadas, da classe trabalhadora, que faz a cidade existir e acontecer”, pontua Sebba.
 
 
 
Programação 
 
Hoje, a partir das 17h
Pitoco de Bambu: Choro Delas: Martinha do Coco: 7 na Roda: + Djs
 
Amanhã, a partir das 17h
As Fulô do Cerrado: Charretinha do Forró: Filhos de Dona Maria: Thabata Lorena Bloco Dona Imperatriz: Djs
 
Oficinas
 
Oficina: Vivência de Contação de Histórias e Comicidade com Cecília Borges: Dia: 7 de março: Horário: 10h: Local: Feira Ponta Norte na SQN 216
 
 
Oficina: Do Rap, Poesia e Slam com Meimei Bastos
Dia: 7 de março: Horário: 14h30: Local: Casa da Cultura da América Latina (CAL) no Setor Comercial Sul
 
 
Oficina: Introdução ao Pífano com Pitoco de Bambu
Dia: 7 de março: Horário: 17h: Local: Casa da Cultura da América Latina (CAL) no Setor Comercial Sul
 
 
Coração Candango
No Corredor Central do Setor Comercial Sul. Hoje e amanhã. Não recomendado para menores de 16 anos. Entrada Franca
 
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