Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense sexta, 26 de agosto de 2022

FESTA GREGA: COMUNIDADE GREGA DE BRASÍLIA ABRE A TRADICIONAL FESTA PANIGHIRI

 

Comunidade Grega de Brasília abre a tradicional festa Panighiri

Fundada há 57 anos, a Comunidade Grega de Brasília convida o público para o Panighiri, que é comemorado no último final de semana de agosto na Grécia, quando é celebrada a colheita da uva, no verão do país banhado pelo Mediterrâneo

NG
Naum Giló
postado em 26/08/2022 05:58 / atualizado em 26/08/2022 05:59
 
 
 
 (crédito: Guilherme Kardel)
(crédito: Guilherme Kardel)

Brasília nasceu e cresceu tomando o posto de cidade do futuro, de um sonho que então começava a se tornar realidade, em um país que se encontrava em franca transformação. Famílias vinham de todos os lugares. O resultado: um turbilhão cultural. No entanto, essa diversidade não se limita às fronteiras do território nacional. Comunidades estrangeiras também embarcaram na aventura traçada por Juscelino Kubitschek.

Pioneiros com sotaque grego

Staikos Georges Tzemos, 86, é um dos membros mais antigos da comunidade. Chegou ao Brasil em 1959, com apenas 22 anos. Desembarcou no Porto de Santos (SP) em 18 de maio. Dois dias depois, já estava em Brasília, onde já tinha irmãos esperando para ajudar no empreendimento do ramo de confecções na Cidade Livre (hoje Núcleo Bandeirante). "O que eu vi quando cheguei foram os barracos e uma Brasília em obras", rememora o pioneiro.

 Tzemos relata que havia cerca de 1800 gregos na Cidade Livre, que atuavam principalmente no comércio. Muitos foram embora por causa de um grande incêndio que atingiu quase todos os barracos e as lojas da região. Mas ele e seus irmãos insistiram em Brasília e, em 1962, fundaram o Magazine Bibabô, uma das maiores lojas de departamento da época, que também serviu de abrigo para o consulado grego em uma Brasília ainda com estrutura diplomática incipiente.

Foi nesse período que Staikos e outros compatriotas se reuniram e fundaram a Sociedade Helênica, hoje chamada de Comunidade Grega de Brasília, que conta com uma Igreja Ortodoxa e salão de festas. "A importância de preservar a cultura grega é que somos um país muito antigo. São mais de 8 mil anos de história e sobrevivemos a todo esse tempo", conta Staikos.

Aos 12, as aulas de uma professora enviada pelo Estado grego para a comunidade de Brasília a compeliu a se aprofundar na arte. Hoje, ela é professora e integra o grupo de dança Ílios, uma das atrações da festividade da comunidade que tem seus pais como dois dos fundadores. "São nossas raízes. Apesar de ter crescido aqui, a gente faz o máximo para manter e passar isso para as novas gerações", conta Messinis. A celebração também terá shows das bandas Samos, de Brasília, e Elliniki Kompania, de São Paulo, embalados pelo som característico do bouzouki, instrumento de cordas tradicional da Grécia.

Fundada há 57 anos, a Comunidade Grega de Brasília é presidida por Konstantino Kobos, 51. Assim como Lambrini, ele também faz parte da segunda geração de imigrantes gregos da cidade. Kobos explica que o Panighiri, que tem semelhança com a brasileira festa junina, com música, dança e comidas típicas, é tradicionalmente festejado no último final de semana de agosto na Grécia, quando é celebrada a colheita da uva no verão grego.

Como não poderia faltar em uma legítima festa grega, o encontro vai contar com a tradicional quebra de pratos, que Konstantino adianta serem feitos de gesso, para que não ocorram acidentes. "Essa comunidade foi fundada pelos nossos pais e avós e, hoje, cabe a nós preservar, manter e difundir tudo que eles realizaram. A festa é uma prova concreta de que fazemos isso", orgulha-se Kobos.


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