Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

O Globo quinta, 06 de abril de 2023

FAXINA: COZINHA, BANHEIRO E QUARTO - COM QUE FREQUÊNCIA DEVEMOS LIMPAR A CASA?

 

Por Eduardo F. Filho — São Paulo

 

Limpeza da casa pode ajudar a evitar infecções por bactérias e fungos perigosos
Limpeza da casa pode ajudar a evitar infecções por bactérias e fungos perigosos Arte de André Mello

Algumas pessoas afirmam que ficamos mais “paranoicos” em relação a limpeza após a pandemia de coronavírus. Além do excesso de álcool em gel nas mãos, era necessário lavar as sacolas plásticas, assim como as embalagens que ficavam expostas no mercado. Os sapatos e chinelos deveriam ficar ao lado da porta, ou na área de serviço para não levar bactérias, fungos e sujeiras para o restante da casa.

Apesar dos números da Covid-19 terem diminuído, essas ações devem continuar para manter a casa limpa e visando o bem estar da saúde de quem reside no interior da residência. Os microrganismos estão em todos os ambientes, ao pisar com o tênis no chão do apartamento, por exemplo, você está levando para dentro de casa, todas as sujeiras e bactérias.

Eles são os causadores de doenças respiratórias, como asmas, pneumonia, ou infecções intestinais, como diarreias e até mesmo doenças de pele, como dermatites.

A imagem do banheiro do Big Brother Brasil viralizou na internet ao mostrar o chão do box imundo. Se não o lavar direito e com certa frequência, o cômodo se torna um dos principais agentes de infecções da casa, juntamente com o quarto e a cozinha.

Mas com que frequência deve-se limpar essas partes? E como fazer para impedir a proliferação de bactérias, vírus e fungos? O GLOBO conversou com especialistas para saber exatamente essas respostas. Confira:

 

Banheiro

 

Limpar o banheiro é uma tarefa que poucas pessoas gostam e preferem procrastinar a limpeza ao máximo, porém é um hábito necessário e importante para a saúde das pessoas, visto que, é o lugar onde depositamos dejetos, fluidos orgânicos e realizamos a higiene pessoal e íntima.

— O banheiro é um local onde a fonte de proliferação de fungos e bactérias é muito alta, sendo ideal a sua limpeza completa com desinfetantes específicos e água sanitária ao menos uma vez por semana — afirma Gabriela Castro, microbiologista da Richet Medicina & Diagnóstico.

Porém algumas partes específicas dentro do cômodo merecem uma atenção ainda maior. O vaso sanitário, por exemplo, deve ser limpo de duas a três vezes por semana com agentes desinfetantes, dependendo de quantas pessoas usam a privada normalmente. As banheiras ou box também devem ser limpas de acordo com a frequência de uso, mas se pensar que uma pessoa toma de uma a dois banhos por dia, deve ser lavado de uma vez por semana a pelo menos a cada 15 dias.

As pias, por terem contato direto com fluidos da boca e nariz, também devem ser lavadas duas vezes por semana, enquanto os pisos, azulejos e armários (parte interna e externa), precisam ser higienizados uma vez por semana.

— Para minimizar a proliferação de bactérias e fungos algumas medidas podem ser adotadas. A ação de dar a descarga com a tampa fechada minimiza muito a formação de aerossóis, que são mecanismos pelos quais as bactérias e fungos são dispersadas no meio ambiente podendo ficar em suspensão no ar por até 2 horas, sendo fonte potencial de contaminação — explica Castro.

Cozinha

 

Alguns estudos internacionais apontam o espaço da cozinha como uma das áreas mais problemáticas da casa quando o assunto é a proliferação de bactérias e fungos — muitas vezes até mais do que o banheiro. Isso porque o espaço recebe todo o tipo de alimento cru, como carnes e frangos, e até mesmo verduras e legumes não lavados que podem conter larvas. E que se não forem lavados ou manuseados corretamente, infectam as pessoas diretamente.

— A esponja que faz a limpeza da louça, pia, geladeira, com atenção especial nas gavetas dos vegetais, o fogão e os botões de ligar o forno, bem como a alça da porta dele, são alguns dos lugares que mais encontramos bactérias e fungos, com ambiente propicio para a proliferação e desenvolvimento deles, ou seja, calor e umidade — diz o infectologista da Fiocruz, José Cerbino.

Especialistas afirmam que o normal seria lavar as principais partes da cozinha e as mais usadas, como a pia e o fogão, por exemplo, enquanto a comida é feita e preparada. Pois o acumulo de lixo e utensílios sujos pode atrair moscas, baratas e proliferação de microrganismos patogênicos.

— O grande vilão na cozinha é a contaminação cruzada. Usar os mesmos utensílios para coisas diferentes. Ou seja, usar a faca que cortou o frango cru, para cortar os legumes e verduras. As bactérias que estavam naquela carne, agora estão nos legumes e verduras. A faca precisa ser limpa muito bem antes de ser usada para cortar qualquer outro alimento — explica o Chef e consultor da Escola Wilma Kövesi de Cozinha, Carlos Siffert.

Entre as principais bactérias patogênicas encontradas na cozinha estão a Campilobacteriose, Criptosporidiose, Ciclosporíase, encontradas em carnes e alimentos contaminados, que não foram preparados adequadamente, e causam infecção alimentar, como diarreia, náuseas e vômitos. A Salmonella também é uma bactéria que pode ser encontrada na cozinha que se não tratada pode provocar graves infecções e até mesmo a morte.

— Não pode se esquecer dos cantinhos da pia, em baixo do fogão e atrás da geladeira, por exemplo, que é um lugar quente, perfeito para as baratas procriarem e fazer ninhos ali. Sempre tem alguns restos de comida que é esquecida ou varrida para debaixo desses lugares. Uma dica também é olhar os alimentos, ver se eles não estão com uma aparência velha, ou se eles não têm algum buraco que pode ter sido criado por vermes e larvas antes de ingeri-los, e, claro, só comprar o que for consumir, para não estocar alimentos e auxiliar na deterioração do alimento — diz Siffert.

 

Quarto

 

Passamos quase um terço de nossas vidas na cama. Não há nada melhor que, depois de um dia cheio e cansativo, encostar a cabeça em um travesseiro macio, deitar em um lençol limpo e se cobrir com um edredom cheiroso. 

Uma pesquisa feita no Reino Unido, pela YouGov, mostrou que ao menos 4 em cada 10 pessoas menores de 30 anos esperam até quase dois meses para lavar seus lençóis. O que não é nada bom, visto que, a cama acumula restos de pele, suor e sujeira. Segundo o estudo, nós perdemos cerca de 3,9 quilos de células de pele ao longo de 365 dias e grande parte disso inevitavelmente acaba nas camas.

Isso significa que eles começam não só a cheirar mal, como podem hospedar micróbios prejudiciais à saúde, como por exemplo, a Staphylococcus aureus, que pode causar desde acne até pneumonia. E. coli é outro culpado comum que, se exposto às partes erradas do corpo, pode desencadear uma infecção urinária ou no peito.

No verão, em especial em noites muito quentes e de muito suor, a recomendação é trocar os lençóis com ainda mais frequência, a cada quatro dias, por exemplo.

— A recomendação é que haja uma limpeza de roupa de cama e troca de lençóis pelo menos duas vezes na semana. Durante a lavagem, é importante checar se a água está quente, pois ela facilita a eliminação desses microrganismos que podem estar na roupa de cama, e usar sabão em pó que elimina vírus, bactérias e parasitas — afirma Peloso.

Uma das dicas de especialistas, por incrível que possa parecer, é que manter o ar condicionado ligado pode ser uma boa alternativa contra o ácaro. Isso porque ele resseca e esfria o ambiente, o que impede a proliferação desses parasitas. Porém, para surtir efeito, o ar condicionado, bem como seus filtros, devem ser limpos com frequência maior, ao menos uma vez por semana.

— Muitas pessoas acreditam que colocar o colchão no sol ajuda a diminuir os ácaros, mas é ao contrário, porque o calor ajuda na proliferação. Para a redução deles, deve-se colocar o colchão em capas impermeáveis. Na limpeza do quarto, precisa evitar o uso de vassoura, para não aumentar e dissipar a poeira. Prefira um aspirador de pó potente, um desinfetante sem cheiro e um pano úmido — afirma Fábio Kuschnir, presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI).


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