Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

O Globo domingo, 13 de janeiro de 2019

FARAH DIBA, ÚLTIMA IMPERATRIZ DO IRÃ

 

Aos 80 anos, a última imperatriz do Irã, Farah Diba, lança livro de arte e conta sobre os 40 anos de exílio

Em entrevista ao editor Bruno Astuto, ela falou ainda de futebol, Rio e saudade
 
 
Farah Diba, a última imperatriz do Irã, fotografada em seu apartamento em Paris Foto: Iude Richele
Farah Diba, a última imperatriz do Irã, fotografada em seu apartamento em Paris Foto: Iude Richele
 
 
 

Em 16 de janeiro de 1979, o avião que levava o xá do Irã, Mohammed Reza Pahlvevi, e sua mulher, a imperatriz (ou xabanu) Farah Diba, fez o percurso entre Teerã e Assuã, no sul do Egito. Receberam-nos o então presidente, Anuar Sadat, sua mulher e sua filha, agindo como se tratasse de uma visita de Estado qualquer. Mas aquela foi apenas a primeira parada de muitas (como Marrocos, Bahamas e México) que marcariam o exílio eterno do casal imperial e de seus quatro filhos. No dia 1º de fevereiro, qualquer esperança de voltar ao poder se esvaiu, com o retorno a Teerã do aiatolá Ruhollah Khomeini, que deu início à Revolução Islâmica. O novo líder exigiu a volta imediata do xá, para que ele fosse julgado, e a devolução de cerca de US$ 36 bilhões que ele teria supostamente tirado do Irã. Além disso, ameaçou com represálias qualquer país que acolhesse a família imperial — quando o presidente americano Jimmy Carter autorizou o xá a se tratar de um câncer num hospital em Nova York, a resposta veio na forma da invasão da embaixada dos Estados Unidos em Teerã, onde estudantes mantiveram 52 pessoas reféns durante 444 dias. O xá acabou se asilando novamente no Egito, e ali morreria em 27 de julho de 1980, aos 60 anos. Até hoje, a viúva visita seu túmulo anualmente.

Quatro décadas depois do início dessa longa viagem, Farah Diba me recebe em sua bela e ampla cobertura em Paris, de frente para o Rio Sena. Duas vezes por ano, no outono e na primavera, ela se muda para Washington, onde vivem seu filho Reza Ciro, a nora e três das quatro netas, incluindo Nour, a princesa-herdeira. Nas últimas duas décadas, ela passou por outras terríveis provações: dois de seus filhos, Leila e Ali Reza, suicidaram-se, respectivamente aos 31 anos, em 2001, e aos 44, em 2011.

O motivo do nosso encontro é o lançamento de “Iran Modern: The empress of art” (Assouline), um livro monumental que reúne a coleção de arte moderna e contemporânea que ela começou a amealhar no final dos anos 1960 para construir o que hoje é o Museu de Arte Contemporânea de Teerã (TMoCA). Trata-se de um dos mais importantes acervos do gênero fora da Europa e dos Estados Unidos, com obras de Vincent Van Gogh, Claude Monet, Edgar Degas, Pablo Picasso, Mark Rothko, Marc Chagall, Jackson Pollock, Georges Braque, Cy Twombly, Joan Miró, Roy Lichtenstein, Alexander Calder e Henry Moore, só para citar alguns. Na capa, figura um dos famosos retratos de Farah realizados por Andy Warhol. A publicação, que pesa nove quilos, começou a ser organizada quatro anos atrás, quando a consultora de arte Viola Raikhel-Bolot e a escritora Miranda Darling, ambas australianas, propuseram a ideia à imperatriz. Elas também estão filmando um documentário sobre a vida de Farah Diba.


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