Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

O Globo quinta, 04 de outubro de 2018

FAKE NEWS DISPARAM NA INTERNET

 

Na reta final da campanha, fake news disparam na internet

Apenas em uma rede social, 35 conteúdos falsos foram compartilhados quase 400 mil vezes

POR GISELE BARROS, LUÍS GUILHERME JULIÃO E MARLEN COUTO

Fake news disparam na internet na reta final da campanha - Reprodução

RIO — Na reta final da eleição, os conteúdos falsos se multiplicaram nas redes e no WhatsApp. Desde o fim de semana, 11 publicações falsas de grande repercussão — entre textos, fotos e vídeos — foram desmentidas pelo Fato ou Fake, o serviço de checagem do Grupo Globo.

No Facebook, 35 postagens tiveram cerca de 400 mil compartilhamentos e alcançaram milhões de eleitores. Só quatro vídeos publicados na rede social registraram 2,7 milhões de visualizações.

A propagação dos conteúdos falsos está crescendo, e rápido. O Núcleo de Dados do GLOBO analisou 18 páginas que compartilharam mentiras desde o fim de semana. As publicações mais recentes têm, em média, nove vezes mais interações e compartilhamentos do que postagens feitas pelas mesmas páginas nas primeiras semanas de setembro. Em média, cada publicação com conteúdo falso foi compartilhada 13,7 mil vezes. No início do mês, essa média era de 1,4 mil.

As milhares de interações — a soma de reações, comentários e compartilhamentos — ajudam a amplificar o alcance de uma postagem no Facebook. Uma das publicações que viralizou nos últimos dias, da página Planeta Brasil, traz um vídeo dizendo que a foto da manifestação contra o candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) no Largo da Batata, em São Paulo, no sábado, era antiga e foi tirada durante o carnaval de 2017. Apesar de ser falso, o vídeo teve mais de 1,5 milhão de visualizações e 83 mil compartilhamentos.

 

jogo “deturpado”

No Facebook, as páginas pesquisadas que publicaram conteúdo falso nos últimos cinco dias se posicionam, majoritariamente, a favor de Bolsonaro. Contudo, isso não significa que a campanha tenha participação na propagação das mensagens e que também não seja alvo.

Um exemplo é o texto publicado em uma conta falsa do PSL no Twitter alertando para o fim do 13º salário caso Bolsonaro seja eleito — seu candidato a vice, general Mourão, já criticou o pagamento do 13º, mas o candidato rechaçou o seu fim.

Os materiais falsos que circulam no WhatsApp são impossíveis de serem rastreados, pois as conversas são criptografadas. Ao mesmo tempo, é fácil encaminhar mensagens recebidas.

Professor de Gestão de Políticas Públicas da Universidade de São Paulo (USP)e um dos coordenadores do Monitor do Debate Político do Meio Digital, projeto que faz o acompanhamento do que é publicado nas redes sociais, Pablo Ortellado explica que momentos de aumento da temperatura política são mais propícios para a circulação de desinformação. Ele alerta para o risco que esse tipo de conteúdo pode gerar:

— Esse aumento da circulação de mensagens falsas é óbvio e esperado em momentos em que a temperatura política também aumenta e isso se confirmou agora, na véspera da eleição. Esses boatos têm um dano terrível para a democracia, pois está sendo forjado um juízo político e há pessoas tomando decisões em cima de informações falsas, o que deturpa muito o jogo político — afirma Ortellado.

Para o cientista político Rafael Sampaio, professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), mensagens falsas que circulam nas redes servem para reforçar o voto de quem já se decidiu ou ainda para aumentar a rejeição a certo candidato.

— Geralmente a “fake news” não é positiva, é negativa, para aumentar a rejeição. O perigo disso é que uma pessoa que não era tão radical no começo da eleição vai sendo contaminada e ficando mais radical. O efeito real é sobre aquelas pessoas que até poderiam mudar de candidato, mas que acabam cristalizando o voto — afirma Sampaio.

Peso na hora decisiva

Coordenador do projeto Eleições sem Fake, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Fabricio Benevenuto confirma a sensação de que há muitos conteúdos falsos no WhatsApp. Seu grupo monitora as fotos, vídeos, áudios, textos e links mais compartilhados em cerca de 200 grupos abertos no aplicativo — que podem ser acessados por links de convites oferecidos em páginas na internet.

Na última terça-feira, a ferramenta identificou que o texto mais compartilhado foi uma mensagem falsa que diz que o voto é anulado se o eleitor escolher apenas presidente e votar em branco para os outros cargos. A mensagem falsa foi compartilhada em 23 grupos monitorados pelo projeto da UFMG.

— É uma ferramenta que entrou com um peso muito grande na eleição, mas não conseguimos saber quem são os criadores do conteúdo e rastrear a origem — afirma Fabricio Benevenuto. (Colaborou Marta Szpacenkopf)

Foto de manifestação manipulada?

Post afirma que imagens de ato contra Bolsonaro são de 2017, mas informação é #FAKE - Reprodução/ Redes sociais

O ato contra o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) no Largo do Batata (SP), no último sábado, foi alvo de mensagens falsas. Uma postagem disse: “Foto que está sendo divulgada pela esquerda para falar do ‘sucesso do movimento contra Bolsonaro’ é na verdade de um carnaval de rua em São Paulo do ano passado!”. No entanto, a fotografia feita no sábado mostra a manifestação e é diferente da registrada em 2017 e reproduzida nas publicações, embora do mesmo ângulo. As duas são da mesma autora.

A universidade e a pesquisa que não existiu

Imagem com pesquisa da Universidade do Sul da Califórnia é falsa - Reprodução/Whatsapp

A suposta pesquisa feita pela Universidade do Sul da Califórnia apontando que não há previsão de 2º turno é falsa. A imagem aponta Bolsonaro com 61% das intenções de voto, Ciro Gomes com 12%, e Haddad com 7%. A universidade informou que não fez trabalho sobre as eleições no Brasil. “A University of Southern California repudia a tentativa de envolver o nome da universidade para espalhar notícias falsas no Brasil. Estamos investigando a origem do post para tomar as medidas cabíveis”, informou a instituição em nota. Leia mais

Tuíte que extermina o 13º salário

Mensagem é falsa e página do Twitter não é a página oficial do partido - Reprodução

Uma publicação no Twitter que simulava ser do PSL, partido de Jair Bolsonaro, afirma que num eventual governo do candidato o 13º salário seria extinto e que os empresários não pagariam mais salário mínimo. O perfil nomeado @PSLOicial não é a identidade real do partido na rede social. Ao confirmar que a publicação era falsa, a assessoria do candidato afirmou ainda que o conteúdo da mensagem não expressa opiniões de Bolsonaro. O deputado negou que pretenda extinguir o benefício. Leia mais

Temor sobre anulação dos votos

Mensagem que circula em grupos de WhatsApp é #FAKE - Reprodução

Surgiu no WhatsApp uma mensagem dizendo que o voto é considerado parcial e anulado quando o eleitor vota somente no presidente e em branco nos demais candidatos a outros cargos (governador, deputado federal, deputado estadual e senador).

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou que não é verdade a afirmação de que um voto depende do outro para ser computado. O voto em branco ocorre quando o eleitor escolhe a opção da tecla de cor branca. O nulo ocorre quando o eleitor digita um número inexistente na lista de candidatos. Leia mais

Casamento gay em igrejas?

Post com declaração falsa de Jean Wyllys - Reprodução

Um post com uma declaração atribuída ao deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ), em que ele diz que vai criar uma lei para obrigar padres e pastores a realizarem casamentos de pessoas de mesmo sexo em igrejas, está circulando nas redes sociais. De acordo com a mensagem, publicada na página "Esquerda Brasil 2018", o deputadoreceberia o apoio do candidato à Presidência pelo PT, Fernando Haddad, para criar a Lei Marielle Franco. A declaração é #FAKE. Leia mais

Prédio que desabou?

Imagem compartilhada nas redes sociais é verdadeira e foi feita durante o protesto no sábado - Foto: Reprodução / Internet

Circula nas redes sociais uma mensagem afirmando ser montagem a imagem da manifestação contra candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) à Presidência, realizada no sábado no Centro do Rio. A mensagem é #FAKE. A imagem, uma reprodução, é verdadeira e foi feita durante o protesto contra o candidato no sábado (29). Leia mais

Criança propriedade do Estado?

Mensagem atribuída a Fernando Haddad (PT) é falsa - Reprodução

Circula nas redes sociais uma mensagem que afirma que o candidato à presidência Fernando Haddad (PT) diz que, ao completar cinco anos, a criança passa a ser propriedade do Estado e que o seu gênero pode ser escolhido. A mensagem é #FAKE. Leia mais

Voto no dia seguinte

Comunicado que diz que eleitores do PT devem votar no dia 8 de outubro é falso - Reprodução

Circula nas redes sociais uma imagem direcionada aos eleitores do PT comunicando que, devido aos protestos e manifestações que poderão ocorrer no dia 7 de outubro contra o PT, os eleitores que votam no partido estão convocados a irem votar no dia 8 de outubro, segunda-feira. O post é #FAKE. Leia mais

Pesquisa 'não manipulada'

Post com print de manchete do G1 é falso - Reprodução

Um post com uma imagem falsa que mostra o resultado de uma pesquisa Ibope tem bombado nas redes sociais. A mensagem diz que o G1 divulgou o resultado "não manipulado" com o candidato Jair Bolsonaro (PSL) com 63% das intenções de voto. O texto e o print são #FAKE. O G1 nunca publicou tal resultado de pesquisa. Leia mais

Biometria

Mensagem que diz que não há impedimento de voto para quem não fez biometria é falsa - G1

Circula nas redes sociais uma mensagem que diz que o eleitor pode votar mesmo que não tenha feito a biometria. O post é #FAKE. Nas cidades em que houve a biometria obrigatória, o não comparecimento fez com que o título eleitoral tenha sido cancelado, deixando o eleitor impedido de votar.

De acordo com informações do Tribunal Superior Eleitoral, quem perdeu o prazo para fazer a biometria nos estados em que ela é obrigatória não pode votar nas eleições de 2018. Leia mais

Jesus é travesti?

Imagem que circula nas redes sociais é falsa - Reprodução

Circula nas redes sociais uma imagem em que a candidata a vice-presidente Manuela D'Ávila (PCdoB) aparece com uma camiseta com os dizeres "Jesus é travesti". Manuela é candidata na chapa de Fernando Haddad (PT). A fotografia é #FAKE.

Na imagem compartilhada, Manuela aparece abrindo um casaco para expor a camiseta.


quinta, 04 de outubro de 2018 as 13:09:48

Goiano
disse:

Raimundo, tu és um cabra arretado e não sei onde arranjas coragem e tempo para tocar tantos instrumentos ao mesmo tempo e bem. Visito pouco esta tua página não por falta de interesse; é que outras atividades me têm exigido muito e eu não sou capaz de fazer como tu, que consegues organizar-se para seres onipresente! Estou dando esta passada hoje e uma das coisas que admirei foi a seleção dessas fake news, que a gente nem coloca mais entre aspas de tão lugar-comum que se tornaram, e que já constituem um setor humorístico de nossa vida social, embora trágico. Grande abraço.


Responder comentário - Cancelar
quinta, 04 de outubro de 2018 as 13:09:32

Raimundo Floriano
disse:

Amigo Goiano, obrigado! Como sempre digo, estou procurando não deixar passar em branco o tempo de vida que Deus está me concedendo, nesta estirada rumo ao 90. Um abraço!


Responder comentário - Cancelar

Escreva seu comentário

Busca


Leitores on-line

Carregando

Arquivos


Colunistas e assuntos


Parceiros