Seis meses depois de abrir sua primeira loja colaborativa no Recreio Shopping, a Federação do Artesanato do Rio de Janeiro mudou de andar e ocupa agora uma loja bem maior, com 150 metros quadrados. No espaço estão reunidos trabalhos de mais de 70 artesãos do estado.
— Em menos de seis meses tivemos resultados tão satisfatórios que saímos de uma loja de 60 metros quadrados para uma muito maior. Essa mudança é muito importante para conseguirmos reunir um número maior de expositores. Muitos artesãos passaram dificuldade durante a pandemia e ainda sofrem o impacto — diz a vice-presidente Val Vieira.
O artesão Antônio Jorge Rodrigues Santos, de Nova Iguaçu, vibra com a oportunidade de ver suas obras em uma loja de shopping:
— Faço objetos com a técnica da marchetaria, que utiliza o 3D e surgiu no Egito. Já consegui realizar algumas vendas e a expectativa é muito alta. Passa muita gente no shopping e aumenta a nossa chance das nossas obras serem vistas.
Val explica que muitos artesãos sobrevivem do artesanato ou complementam sua renda com as peças, por isso a importância da Faerj gerar novas oportunidades. Além das vendas, o espaço no Recreio Shopping será utilizado para a realização de oficinas para que os profissionais possam adquirir conhecimento e aprimorar técnicas artesanais e na área administrativa. As aulas devem começar em julho.
— Outra loja colaborativa deve ser inaugurada no Via Parque e uma no Campo Grande Shopping. O artesanato está em alta e para os shoppings é bom trabalhar com a gente, trazemos visibilidade e eles têm a chance de fazer esse trabalho social. Para o público é bom porque em um só lugar pode ver peças de artesãos de todo o estado, é uma loja diferenciada— diz Val.