Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense segunda, 12 de julho de 2021

EUROCOPA: TERRA NOSTRA- COM ATUAÇÃO DE TRÊS ATORES BRASILEIROS, ITÁLIA CONQUISTA O VELHO MUNDO

Jornal Impresso

Terra nostra
 
Com atuação de três atores brasileiros, Itália consuma novela épica no Velho Mundo: três anos depois de ficar fora da Copa, é bicampeã continental em fim de semana abençoado por Paolo Rossi e Maradona

 

MARCOS PAULO LIMA

Publicação: 12/07/2021 04:00

 

Ranking de taças
3 Alemanha e Espanha
2 Itália e França
1 Rússia, República Tcheca, Portugal, Holanda, Dinamarca 
e Grécia (John Sibley/AFP)  
Ranking de taças 3 Alemanha e Espanha 2 Itália e França 1 Rússia, República Tcheca, Portugal, Holanda, Dinamarca e Grécia

 

Diego Maradona e Paolo Rossi são bons de papo. Nem bem chegaram ao céu e convenceram os deuses da bola a esbalecerem uma nova ordem no futebol.


Oito meses depois da morte de D10S, a Argentina foi campeã da Copa América, no sábado à noite, ao derrotar o Brasil por


1 x 0, no Maracanã, encerrando 28 anos de jejum da seleção principal. Ontem, o banquete foi servido em outra catedral. Wembley viu a Itália, ferida pela perda do ídolo Paolo Rossi, há sete meses, ganhar a Euro depois de 53 anos, ao superar a anfitriã Inglaterra nos pênaltis por 3 x 2 após empate por 1 x 1 em 120 minutos de bola rolando. Gols dos defensores Shaw e Bonucci.  


A reviravolta da Itália é digna de produção de uma série. Em 2017, os tetracampeões do mundo foram eliminados pela Suécia na repescagem e ficaram fora da Copa da Rússia, em 2018. Três anos depois, resgaram o respeito na Eurocopa de forma invicta.


Os novos imperadores da Euro não perdem há 34 jogos sob a batuta do mentor da revolução, o técnico Roberto Mancini. Estão a um de igualar o recorde do Brasil, de Zagallo (1996), e da Espanha, de Del Bosque (2009).


Por falar no técnico, Mancini cercou-se de velhos amigos da geração mais vitoriosa da Sampdoria na montagem da comissão técnica. Há 30 anos, o clube italiano amargava o vice da Champions League contra o Barcelona, em Wembley. Era o auge do grupo que, em 10 anos, ganhou o único título italiano (1991), quatro edições da Copa Itália (1985, 1988, 1989 e 1994), uma Supercopa da Itália (1991) e uma Recopa (1990).


O treinador da Itália, Roberto Mancini; os auxiliares Alberico Evani, Attilio Lombardo e Giulio Nuciari; e o chefe da delegação, Gianluca Vialli fizeram parte daquela história escrita sob as ordens do sérvio Vujadin Boskov.


A “sampdorização” da Itália é um dos trunfos do bicampeonato europeu. Mas há outros. Se uma grande seleção começa por um baita goleiro, o jovem Donnarumma, de 22 anos, mantém a linhagem de Zoff, Zenga, Pagliuca, Buffon e tantos outros arqueiros históricos da escola italiana, ao tornar-se herói do título. Pegou as cobranças de Sancho , 21, e Saka, 19, e viu a jovem geração inglesa, parte dela contemporânea dele em torneios de base da Europa, encharcar o gramado de Wembley de lágrimas, enquanto Donnarumma celebrava a noite de herói com uma frieza alemã.


Outro símbolo do sucesso joga na zaga. Aos 36 anos, o capitão Chiellini, aquele mesmo, mordido pelo uruguaio Luis Suárez na Copa de 2014, no Brasil, viu o parceiro Bonucci empatar a final a ajudá-lo a erguer a taça, repetindo gesto de Giacinto Facchetti — dono da braçadeira no título de 1968 contra a Iuguslávia, no Estádio Olímpico, em Roma.


Por falar na capital italiana, a torcida “roubou” o mantra dos ingleses na bola. Football is coming home virou Football is coming Rome com três contribuições em língua portuguesa. O brasileiro Jorginho quase teve dia de Roberto Baggio ao desperdiçar uma cobrança do pênalti que poderia ter consumado o bi. Logo ele, que havia sido protagonista do pênalti que eliminara a Espanha na semi.
No fim, festejou mais um título na temporada. Há dois meses, ele e o compatriota Emerson, titular da lateral esquerda na final em substituição ao Spinazzola, ganhavam  a Champions League pelo Chelsea. O zagueiro Rafael Tolói é o outro ítalo-brasileiro no elenco bicampeão europeu.  


Jorginho, Emerson e Tolói se juntam a Marcos Senna (Espanha, 2008) e Pepe (Portugal, 2016) na lista dos brasileiros campeões da Euro. O trio italiano ampliou o jejum da Inglaterra. Agora, são 55 sem título desde a Copa de 1966.


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