Quem suportaria essa “coroa” além de ti?
Jesus, aprendi que nenhum de nós vai ao Pai, que não seja através de ti. E eu creio nisso. Creio, firmemente!
Creio, também, que só estou aqui porque Tu queres. Sei que permitistes que eu cumpra a minha missão – para, só então, voltar para o lugar de onde vim. O barro.
Mas, nesses 79 anos completados há poucos dias, aprendi muito. Aprendi com as pessoas certas, creio. Vivi vendo e procurando (além de valorizar) compreender o sacrifício que fizestes e o sangue que derramastes por mim, por nós. Por todos nós.
E, ao que parece, em troca temos dado tão pouco – provavelmente, menos do que o pouco que Tu pedes, em troca de tudo que fizestes.
Derramastes o teu sangue. Entregastes o teu corpo em sacrifício por nós – e até esquecestes de Ti próprio.
Vês!….
Viemos do pó e ao pó voltaremos, depois da nossa missão. Mas, nesse intervalo entre a chegada e a volta, nos permites o usufruto do que só Tu és capaz de criar – e de colocar à nossa disposição.
Tudo parece pintura e até as que realmente o são, como Capela Sistina e tantas outras que destes mãos, olhos e sensibilidade para Michelangelo, Vincent van Gogh, Monet, Manet, Toulouse-Lautrec, Leonardo da Vinci, Gauguin e tantos outros nos deliciarem com cores mágicas. Cores divinas. Cores tuas.
Jesus, quem na Terra conseguiria pintar o arco-íris?
E quem faria isso usando apenas a “tela” que usas?
E as tintas – alguém conseguiria mais belas que as tuas?
Senhor, e o vento, que fizestes forte para tanger os maus; fraco para acariciar os bons, e raivoso para castigar aqueles que teimam em desobedecer – e que só lembram de Ti nas necessidades?!
E o mar?
Quem mais poderia criar o mar, senão Tu?
Quem mais é capaz de manter a vida de todos e de tudo, se não Tu?
E a chuva, o sol, a noite, o dia e o cântico mavioso dos pássaros – alguém seria capaz de criar tudo isso e manter, além de Ti?
Por tudo isso Jesus, caminho único que nos leva à Deus, eu vivo.
Eu creio!
Conscientemente, o somatório de tudo, ainda será muito pouco ou quase nada para explicar o mistério da Fé.