ESFREGANDO OS VELCROS
Paulo Azevedo
Carta recebida de uma leitora muito da recatada:
“Sempre fui curiosa, sempre gostei de ir além, buscar o prazer que faltava. Sou casada com homem, tenho filho, mas, de dois anos pra cá, passei a transar com uma menina, meu marido não sabe, ninguém sabe.
“Desde os treze anos, sentia vontade de sair com meninas, mas minha educação familiar não permitiu. Gostava de ver cenas de mulheres transando, beijando, nunca tive tesão em amigas ou conhecidas, era algo platônico.
“Masturbava-me pensando em uma mulher, não tinha rosto, só corpo. Imaginava sexo oral, esfregando uma xoxota na outra, gozando muito. Muitas vezes, sonhava com isso, uma vez comentei com meu marido, ele renegou a ideia e ainda deu um sermão.
“Me senti mais culpada ainda. Há dois anos vi filme "A azul é a cor mais quente". Morri de tesão na cena em que as duas meninas transam, perdi as contas quantas vezes já vi. Comentei com uma amiga, também casada, que adorou o filme, que aquela cena me deixava com vontade de trepar com mulher, para minha surpresa ela disse:
– Isso é um convite ou comentário?
“Fiquei muda, não soube o que responder. Ela se aproximou e beijou na boca, tremi e molhei na hora. Isso foi durante uma carona. No dia seguinte, ela convidou para um " lanchinho" na casa dela, seria o tempo de irmos buscar as crianças no colégio. Quando cheguei, uma mesa com queijos e vinhos. Desconfiei do vinho às quatro horas da tarde. Ela riu, quando percebeu minha timidez. Ligou a TV e apareceu a cena do filme, as duas meninas se pegando, ela se aproximou, riu, me beijou. Fomos para o quarto do casal, transamos ali, ela me chupou toda, me fez gozar várias vezes, chupei ela também, ela gemia alto e se contorcia, gozou na minha boca. Esfregamos um velcro no outro, até gozarmos juntas.
“Tomamos banho, bebemos duas taças de vinho e fomos buscar as crianças no colégio, como se nada tivesse acontecido. Vez ou outra, a gente faz uma loucura desse tipo.”