Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense sexta, 29 de maio de 2020

ENFIM, LÁGRIMAS DE ALEGRIA

Jornal Impresso

Enfim, lágrimas de alegria
 
 
Mulher de 28 anos é a primeira paciente com o novo coronavírus a deixar a unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital Universitário de Brasília (HUB). Rosilaine Bueno passou 10 dias respirando por ajuda de ventilação mecânica. "Eu achei que não fosse sair", comemora

 

JULIANA ANDRADE

Publicação: 29/05/2020 04:00

Inicialmente, Rosilaine foi diagnosticada com dengue. No HUB, veio a confirmação para o novo coronavírus (Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)  

Inicialmente, Rosilaine foi diagnosticada com dengue. No HUB, veio a confirmação para o novo coronavírus

 

 
Em meio a lutas diárias contra a covid-19, ontem, a cena na porta do Hospital Universitário de Brasília (HUB) era de agradecimento. Com aplausos, balões, faixas e música, a corretora de imóveis Rosilaine Bueno, 28 anos, deixou a unidade hospitalar após vencer o novo coronavírus. Se as máscaras de proteção tapavam o sorriso, as lágrimas e o olhar não escondiam a alegria nos olhos das pessoas presentes. A mulher foi recebida por parentes, que saíram de Luziânia (GO), para o reencontro. O pai, emocionado, ajoelhou-se ao ver a filha ganhar alta. 
 
Rosilaine foi a primeira paciente a sair da unidade de terapia intensiva (UTI) do HUB, após 13 dias internada na unidade. “Eu achei que não fosse sair. Tive três paradas cardíacas e voltei”, conta. Rosilane foi recebida na porta do hospital pelo pai, pela mãe e pela filha, entre outros parentes. Pessoas com as quais não mantinha contato desde o primeiro dia de internação. Para ela, o que a manteve firme foi a fé e o apoio dos profissionais da saúde. “A equipe médica é muito boa, eles supriram isso. Eu senti muita falta da minha família”, destacou. 
 
A corretora de imóveis não tem comorbidades e afirma não saber onde contraiu o vírus. Ela foi diagnosticada com dengue e logo começou a sentir os sintomas da covid-19. Ao procurar o Hospital Regional do Gama, em 14 de maio, Rosilaine passou a ser um caso suspeito da doença, mas com a piora do quadro foi transferida, no dia seguinte, para o HUB, onde foi confirmada a infecção pelo novo coronavírus. No hospital universitário, a corretora chegou em estado grave e precisou ser entubada. Rosilane passou 10 dias respirando por ajuda de ventilador mecânico. 
 
Durante o período de internação, a família era diariamente atualizada sobre o estado de saúde da filha por uma psicóloga do hospital. Emocionada, a mãe lembra os dias de angústia. “Foi um medo muito grande, medo de perda”, recorda a educadora Gerlane Bueno, 45. “Ficamos muito ansiosos, mas conversava com ela nas minha orações. Dia após dia, Deus nos fortaleceu”, completou a educadora. O pai também destaca os momentos de nervosismo que, ontem, abriram espaço para a alegria. “É um sentimento de alívio e vitória. Passamos por dias difíceis. É algo que eu não desejo para ninguém”, ressalta o empresário Gilson José Bueno, 54. A saída da filha do hospital ocorreu um dia antes do aniversário dele. “É o maior presente do mundo, ter a minha filha renascida”, comemorou.
 
No carro, a família, emocionada, deixou o hospital sob aplausos. Rosilaine vai continuar sendo acompanhada pelos médicos e está com consulta ambulatorial agendada. A mulher também foi orientada a ficar em casa nos próximos dias e seguir as medidas indicadas para a população, como o isolamento social e a higienização. “Agora vou me atualizar, ver como estão as coisas, me isolar e seguir a vida”, destacou. 
 
Gratidão 
A emoção contagiou parte do hospital, que parou para ver Rosilaine sair da internação. Também com os olhos cheio de lágrimas, a equipe médica foi fortemente aplaudida. Entre as homenagens, um cartaz da família estampava a gratidão deles pela equipe. A mãe de Rosilaine destacou a importância dos médicos, enfermeiros e técnicos, não só no tratamento da filha, como no combate à covid-19. “Quero agradecer a todos os profissionais da saúde pela dedicação e pelo esforço. Eles também estavam na nossas orações”, ressaltou. 
 
A chefe do pronto-socorro Álida Santo fez questão de agradecer aos 110 integrantes da equipe que lutam diariamente contra a doença. Para ela, ver a primeira paciente a deixar a UTI proporciona um misto de emoções. “É um sentimento de alegria, de vitória, mas ainda tem muita coisa para fazer. Essa situação pode durar muito tempo”, diz. Sobre o carinho da família, ela destaca: “É o nosso conforto e o que nos ajuda a não desistir". 

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