Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense quinta, 21 de maio de 2020

ENEM É ADIADO

Jornal Impresso

Bom-senso leva ao adiamento do Enem
 
Bolsonaro e Weintraub defendiam que era preciso esperar para estabelecer novas datas, mas o Congresso forçou o recuo de ambos. Preocupação é o prejuízo para os candidatos

 

» INGRID SOARES

Publicação: 21/05/2020 04:00

 

Weintraub vinha relutando em postergar a realização do exame, mas se rendeu à evidência que a realização no período estabelecido prejudicaria os estudantes (Antonio Cruz/Agência Brasil)  

Weintraub vinha relutando em postergar a realização do exame, mas se rendeu à evidência que a realização no período estabelecido prejudicaria os estudantes

 

 

 

O presidente Jair Bolsonaro anunciou, ontem, nas redes sociais, o adiamento do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que seria realizado em novembro, em todo o país. A razão é a pandemia do novo coronavírus e a possibilidade de os efeitos durarem além da reabertura do país, assim que os números de casos e mortes estiverem sob controle. A decisão foi tomada em conjunto com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que defendia a postergação das datas.

 “Por conta dos efeitos da pandemia da covid-19, e para que os alunos não sejam prejudicados pela mesma, decidi, juntamente com o presidente da Câmara dos Deputados, adiar a realização do Enem 2020, com data a ser definida”, escreveu Bolsonaro, em uma rede social.

 Em nota, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e o Ministério da Educação (MEC) informaram que decidiram pelo adiamento da aplicação do exame nas versões impressa e digital. As datas serão adiadas de 30 a 60 dias em relação ao que foi previsto nos editais.

 “Para tanto, o Inep promoverá uma enquete direcionada aos inscritos do Enem 2020, a ser realizada em junho, por meio da Página do Participante. As inscrições para o exame seguem abertas até as 23h59 desta sexta-feira, 22 de maio”, diz um trecho da justificativa do Instituto.

 

Logo no início da sessão remota da Câmara dos Deputados, Maia cobrou uma sinalização de Bolsonaro sobre o assunto. O deputado tinha dado até o fim das votações da Casa para que o Executivo se posicionasse ou colocaria em votação projeto que estabelecia o adiamento do Enem.

 

Relutância

 

O comunicado do Inep e a publicação de Bolsonaro sobre o adiamento ocorrem após grande relutância do ministro da Educação, Abraham Weintraub, em fazer alterações nas datas dos exames. No Twitter, na terça-feira, ele anunciou que consultaria os estudantes virtualmente sobre um possível adiamento, mas, ontem de manhã, já havia mudado de ideia. “Diante dos recentes acontecimentos no Congresso e conversando com líderes do centro, sugiro que o Enem seja adiado de 30 a 60 dias. Peço que escutem os mais de 4 milhões de estudantes já inscritos para a escolha da nova data de aplicação do exame”, escreveu Weintraub em sua rede social.

 A postergação do Enem foi aprovada, na terça, com a maioria dos votos pelo Senado, mas sem estabelecer a nova data. A proposta chancelada pelos senadores prevê que, em caso de estado de calamidade, como o atual, os processos seletivos para a educação superior serão prorrogados.

 Mesmo com as sinalizações dos parlamentares, Bolsonaro ainda resistia. Pela manhã, disse que era “muito cedo” para se decidir sobre o Enem. “Vamos esperar um pouquinho mais, é muito cedo. Nós estamos agora em maio, é novembro (a prova), espera um pouquinho mais para tomar decisão. A prova do Enem, que alguns querem adiar, acho que temos que ouvir os que vão fazer a prova”, disse de manhã para apoiadores, na saída do Palácio da Alvorada.

 Mas até entre a claque a qual se dirigiu, havia quem apoiasse a transferência de datas. A uma apoiadora, que faria a prova, Bolsonaro questionou: “Você quer adiar ou quer deixar em novembro mesmo?”. A mulher rebateu: “Acho que seria melhor adiar”.

 Porém, ele não se deu por convencido. “Adiar para quando? Depois que você adia, você não sabe quando. Opinião minha. Tem pedidos da Câmara, da presidência da Câmara. Parlamentares querem adiar, outros não. Eu te pergunto: a eleição vai ser adiada também? Vamos esperar um pouquinho mais. É muito cedo. Estamos agora em maio, é só em novembro. Espera um pouquinho mais para tomar a decisão”, insistiu. 

 

» Para deputado, agora vai haver igualdade 

 

Em entrevista ao CB.Poder, uma parceria entre o Correio e a TV Brasília, o deputado Professor Israel Batista (PV-DF) afirmou que adiar o Enem é essencial para garantir o acesso de todos os estudantes à prova. “O Brasil é um país de desigualdades e nós não podemos permitir que o Enem seja politizado”, afirmou. Segundo o deputado, deveria-se seguir o exemplo de outros países, como França, Estados Unidos e China, que já adiaram os seus exames que precedem a entrada no ensino superior. Para o deputado, o governo federal estava mantendo a data do Enem para “forçar a reabertura das escolas”, apesar da curva de mortes e casos estar subindo. “Ele (Abraham Weintraub, ministro da Educação) politizou todo o debate. Ele não é ministro da Educação, ele é ministro do entretenimento”, ironizou 


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